CLIPPING
27 Abril 2011
MÍDIAS DE SANTA CATARINA
Veículo: Diário Catarinense
Editoria: Visor
Assunto: Agente prisional ocupa cargo exclusivo de assistente social
DESVIO SOCIAL
Um agente prisional, bacharel em Direito, foi nomeado gerente de Saúde, Ensino e Promoção Social da Penitenciária de Florianópolis, ocupando um cargo exclusivo de assistente social, que exige formação específica.
O absurdo é que o mesmo está avaliando presos e emitindo laudos para o juiz de execuções penais como se fosse um… assistente social. Pode?
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Veículo: A Notícia
Editoria: Geral
Assunto: Exemplos antiviolência nas escolas em Joinville
Exemplos antiviolência
Três escolas da região Norte criam projetos para unir alunos e combater o bullying
Falar de bullying tem se tornado comum nas escolas. Mas só falar talvez não seja mais suficiente. Por isso, algumas delas partiram para a prática, com a criação projetos que deixem crianças mais unidas e mais resistentes a todo tipo de violência. Os bons exemplos vêm de escolas como Ernesto Alberto Hattenhauer, de Garuva, Albano Schmidt e Colégio da Univille, de Joinville.
São iniciativas que envolvem arte e atitudes positivas, como a monitoria – em que alguns alunos são escolhidos para ajudar e cuidar de outros – e o apadrinhamento, que cria cumplicidade entre os estudantes e seus colegas.
Segundo uma pesquisa feita pelo IBGE em 2009, com 618,5 mil estudantes entre 13 e 15 anos de todo o País, 30,8% admitiram ter sofrido bullying alguma vez.
A psicóloga Cíntia Telhado Bezerra garante que todas as iniciativas que trabalhem o lado emocional dos pequenos são fundamentais. Maior ainda é a importância de trabalhar diretamente com crianças que foram vítimas de bullying.
— Muitas vezes, essas crianças vivem em uma família desestruturada e querem chamar a atenção de alguma maneira — explica.
No entendimento da psicóloga, tanto quem pratica quanto quem é vítma da agressão podem ser chamados de vítimas do bullying e devem ser tratados com seriedade pelos pais e pela escola.
— Muitos pais acham que é besteira, que vai passar. Mas não é assim — afirma. — O importante é que seja demonstrada segurança ao filho.
A diretora do Colégio da Univille, Graziela Terezinha da Cunha, percebeu que os estudantes de uma turma de 1º ano do ensino médio não estavam tão entrosados como é o comum ocorrer com adolescentes. “A sala era dividida em grupinhos”, lembra o aluno Pedro, 14 anos. O motivo era simples: a maioria dos estudantes era nova na escola e ainda não tinha contato com os colegas de outras turmas.
Graziela resolveu aplicar uma dinâmica criativa e que proporcionasse o “quebra de gelo”, há dois meses. O sistema é parecido com o já conhecido “amigo secreto”, em que cada integrante sorteia outra pessoa. A novidade está no modo em que o sorteado será presenteado. Em vez de brindes e objetos, atenção, carinho e responsabilidade são os principais elementos da dinâmica.
Grabriel, 14 anos, percebe a atenção dada pela madrinha Jéssica, 15 anos. Como exemplo de afetividade, ela o presenteou com uma rosa.
— A cara da turma, está melhorando — diz a menina.
O mesmo tem percebido a diretora, que gosta de aplicar esta dinâmica porque sempre dá certo. Inclusive, Graziela participou do jogo com os adolescentes e se tornou afilhada da aluna Dayane, 15 anos. A estudante admite que com isso os colegas buscam se conhecerem mais e a se cumprimentarem.
Para ajudar na proximidade entre os adolescentes e as crianças do colégio, além do apadrinhamento, Graziela aconselha aos alunos a participarem da caixinha de sugestões. Lá, eles têm oportunidade de contar o que está ocorrendo na escola e se algo está errado. Também há plantões, todas as quartas-feiras, em que profissionais atendem os estudantes e procuram conversar com eles. Além de serem realizadas assembleias, para que os problemas coletivos sejam resolvidos com a própria turma.
Criança cuidando de criança
A hora do recreio é sempre uma festa em qualquer escola, e não é diferente na Escola Rural Ernesto Alberto Hattenhauer, na Estrada Geral Três Barras, zona rural de Garuva.
Os 122 alunos aproveitam os 15 minutos de intervalo para lanchar, correr, brincar. Mas uma iniciativa passou a fazer parte deste período de tempo, mudando o modo como eles percebem esta hora de recreação. Duas crianças recebem a função de monitor por um dia e cuidam para que os menores aproveitem com cuidado as opções de lazer no pátio da escola.
A tarefa tem sido recebida pelas crianças como um prêmio. Para ser monitor, o aluno deve ter um bom comportamento e ter se dedicado na aula. A cada dia, um estudante diferente recebe a missão de cuidar dos outros.
— Isso é para dar chance de todas as crianças participarem — garante a diretora Eliane Cristofolini, que assumiu a administração da escola neste ano.
Os dois monitores são acompanhados por um professor, que direciona os tipos de cuidados a ser tomados. No dia 20 de abril foi a vez de Sara e Artur vestirem a roupa de monitores antes de sair para o recreio. Os dois não descuidavam dos colegas.
Em quase dois meses, Eliane já percebeu mudanças: crianças menos agitadas e mais responsáveis. Para a psicóloga Cíntia Telhado Bezerra, projetos assim são importantes. Mas, segundo ela, também é preciso que haja uma reação em casa.
— A família tem deixado tudo para a escola, mas ela tem um papel muito importante — destaca.
Arte ajuda a esclarecer o assunto
Exatamente uma semana antes da tragédia de Realengo, no Rio de Janeiro, a professora de artes da Escola de Educação Básica Albano Schmidt, no bairro Boa Vista, iniciou o projeto antibullying na instituição, com a apresentação do filme “Bullying: provocações sem limites”. O que fez com que os alunos acompanhassem mais atentamente as notícias do Rio.
— Aconteceu igual ao filme. Muitas crianças choraram — disse a professora de artes Simone da Cunha Moreira.
Simone vem desenvolvendo uma série de atividades com alunos de 3º a 5º ano da escola. Uma delas é pintar uma máscara e escrever palavras que representam as agressões comum às crianças. As máscaras são tristes e demonstram claramente sentimentos negativos. A partir destas imagens e palavras, o projeto ganhou mais fôlego com apoio dos professores de iniciação científica e sociologia.
As crianças foram estimuladas a procurar o significado das palavras e depois estudaram a relação com o próximo e o relacionamento dentro das escolas. Na aula de música, os pequenos, reunidos em grupos, passaram a compor paródias que resumissem o entendimento deles sobre bullying.
— Pretendemos que o projeto dure até o final do ano. A gente tem problemas aqui com apelidos e preconceitos. Mas não chegamos ainda ao nível de tortura ou de espancamento — destaca Simone.
A próxima etapa, segundo a professora de artes, é procurar informações sobre a vida de artistas famosos que sofreram bullying e conseguiram se superar.
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Veículo: Diário Catarinense
Editoria: Polícia
Assunto: IGP de Blumenau à base de doações
Perícia à base de doações
IGP de Blumenau depende de convênios para atender 12 cidades no Vale. Está faltando até papel
Na camaradagem e na parceria, o Instituto Geral de Perícias (IGP) de Blumenau consegue se estruturar para atender 12 cidades do Vale do Itajaí. As doações recebidas vão desde papel ofício até ar-condicionado.
O material de expediente, como papel e luvas, é mandado pelo Estado, por meio da Secretaria de Segurança Pública (SSP), pois o IGP não tem autonomia financeira.
Mas, neste ano, ainda não houve repasse de material. Para não ficar sem suprimentos, o coordenador do IGP, Daniel Buhatem Koch, faz parcerias com o Ministério Público e a Universidade Regional de Blumenau (Furb). A ordem é de racionamento.
Chefe da Divisão de Administração do campus, Décio Zendron explica que o convênio com o Estado foi feito na instalação do antigo Instituto Médico Legal (IML) em razão da abertura do curso de Medicina.
– A universidade se comprometeu a fazer a manutenção do prédio. O IML encaminharia os corpos de indigentes ao laboratório de medicina.
Porém, Zendron diz que a instituição acabou por suprir com alguns materiais que o Estado entrega.
O Judiciário também é colaborador. Equipamentos como lanternas vêm de multas que são aplicadas pela Central de Penas Alternativas.
– Foi por meio de um pedido do próprio instituto – explica a promotora de Justiça Maristela Indalêncio.
Também falta pessoal. Há apenas dois auxiliares médicos, que trabalham numa escala de uma semana por outra de descanso. Há cinco anos, eles moram em um alojamento montado dentro do prédio do IGP.
Contraponto
O que diz a Secretaria de Segurança Pública (SSP)
A SSP explicou que o governo do Estado autorizou a chamada de 28 médicos auxiliares que serão distribuídos aos IGPs, incluindo o de Blumenau. Mas o número de funcionários ainda não está definido. Em relação ao material de expediente, a explicação é que todas as compras são feitas pela Secretaria de Administração e distribuídas às secretarias. Como houve a transição de governo, muitas licitações venceram e foram necessários novos contratos, que estão sendo refeitos.
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Veículo: Diário Catarinense
Editoria: Polícia
Assunto: Preso suspeito de agredir idosos em Garopaba
Preso suspeito do crime
A Polícia Civil de Garopaba, no Sul de SC, prendeu, na noite de ontem, o pedreiro Lourival Gonçalves, o “Louro”, 40 anos. Ele teve a prisão decretada pela Justiça pelo assalto ao casal de idosos, no sábado.
A Justiça decretou a prisão temporária de 30 dias do suspeito a pedido do delegado de Garopaba, Carlos Diego de Araújo. A ordem foi cumprida em seguida pelos policiais civis. Louro foi preso em sua casa, na comunidade de Macacu, zona rural do município.
Segundo Araújo, ele estava arrumando as malas e a polícia suspeita que pretendia fugir. O delegado disse que, ao ser preso, Louro acabou confessando o assalto e as agressões aos idosos Vicente Pires, 73 anos, e Dorvalina Pires, 81.
– Nas primeiras conversas seguintes à prisão ele acabou confessando o crime – disse o delegado.
Vicente Pires, uma das vítimas, poderá receber alta do hospital. A mulher dele, Dorvalina Bento Pires, 81, teve traumatismo craniano e seguirá internada. Ela passará por avaliação de um médico especialista em lesões na face para saber da necessidade ou não de cirurgia. Mas segundo o boletim médico, ela não corre risco de morte.
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Veículo: Diário Catarinense
Editoria: Polícia
Assunto: Caso do bebê no lixo
Mulheres não têm ligação
Um dia após divulgar trecho de um vídeo, a polícia descarta que duas mulheres que aparecem nas imagens tenham alguma ligação no caso do bebê encontrado morto em uma lixeira de supermercado, em Joinville.
O delegado responsável pelo caso, Luis Felipe Fuentes, havia desconfiado delas após checar, desde quarta-feira passada, sete horas de gravação do circuito interno do supermercado. O trecho de cinco minutos do vídeo registra a movimentação das duas perto do banheiro feminino.
As duas mulheres se reconheceram nas imagens e logo procuraram a polícia para prestar esclarecimentos. Em depoimento, elas contaram que têm o costume de usar o banheiro do supermercado quando caminham naquela região.
– As mulheres ficaram preocupadas com a possibilidade de serem alvo de uma investigação. Depois das explicações, o envolvimento delas está 99% descartado – diz o delegado.
O histórico de maternidades da região de Joinville também será consultado em busca da mãe do bebê. O laudo que pode confirmar a causa da morte do bebê ainda não foi concluído, mas a avaliação preliminar do médico-legista é de que a menina tenha morrido por asfixia. O telefone de contato da Polícia Civil para quem tiver alguma informação é o 181.
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Veículo: Diário Catarinense
Editoria: Polícia
Assunto: Prisões de SC
Diretor diz que existe instabilidade
O sistema prisional catarinense vive uma “instabilidade” criada por criminosos que estão em desespero e com a falsa ideia de que há desprezo e despreparo pelos agentes penitenciários. O desabafo é do diretor do Departamento de Administração Prisional (Deap), Adércio Velter.
Em uma carta publicada no site do Deap, o diretor assinala as medidas que o governo tem tomado contra os problemas nas prisões do Estado. Mas em nenhum momento cita a facção criminosa Primeiro Grupo Catarinense (PGC). Apesar de não fazer menção ao grupo, Adércio ressalta a situação na Penitenciária de São Pedro de Alcântara, onde nasceu o PGC e estão os seus principais integrantes. A facção age de dentro das principais prisões do Estado, ordenando assaltos, tráfico de drogas e homicídios. A última ação seriam ordens de atentados a prédios policiais na Grande Florianópolis: seis foram registrados apenas este mês. Uma força-tarefa da Secretaria de Segurança Pública foi criada para tentar identificar os autores.
– Não é um desabafo, mas uma manifestação para mostrarmos que não estamos inoperantes e que o problema está devidamente sendo gerenciado – declarou, ontem, o diretor, no Sul do Estado, dizendo que pode continuar na função se for de interesse da nova secretária de Justiça e Cidadania, Ada De Luca (ela será empossada no cargo na segunda-feira).
Na carta, diz que as mortes que estão ocorrendo em São Pedro – nove detentos foram assassinatos este ano no local – pretendem desestabilizar a administração da unidade. O objetivo dos presos, ressalta o diretor, seria o de recuperar as regalias perdidas e restabelecer o caos que estava instalado.
Velter também cita o desejo de criar o regime disciplinar diferenciado (RDD) nas cadeias de SC. Também garantiu que há combate aos supostos privilégios e facilitações ou corrupção destinados a alguns presos.
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Veículo: Diário Catarinense
Editoria: Polícia
Assunto: Crimes e ocorrências
Irmãos vão a júri, hoje, na Serra
O julgamento dos irmãos que assassinaram o agricultor José Pereira de Souza, em agosto de 2008, em Palmeira, na Serra de SC, será hoje. A partir das 9h, Valdecir Rosa Prestes e Fábio Júnior Rosa Prestes serão julgados por homicídio duplamente qualificado. Se forem condenados, eles podem pegar de 12 a 30 anos de prisão.
José foi atingido com uma pedra na cabeça. Caiu no chão e então foi espancado até a morte com um pedaço de pau. Segundo testemunhas, os acusados agiram por motivo fútil. No sábado anterior ao homicídio, Valdecir e Fábio estavam pescando sem autorização na propriedade de José, que pediu para que os dois se retirassem. O crime aconteceu na frente da casa de Demostenes Tadeu Souza Prestes, que é pai dos acusados.
Os irmãos estão no presídio de Lages desde que o crime aconteceu. Um mês antes do homicídio, Fábio havia sido condenado por estupro a menor, mas teve o direito de recorrer desse crime em liberdade.
O júri deve terminar no início da noite. A família da vítima vai acompanhar o julgamento.
Maconha apreendida em casa de São José
Cem quilos de maconha foram apreendidos ontem pela manhã, em São José, na Grande Florianópolis. A droga estava em uma casa no Bairro Bela Vista, escondida em um porão. Um casal, que mora no local, é suspeito de tráfico. Mas eles não foram encontrados. A polícia chegou a fazer buscas, mas não os localizou. A operação foi da Divisão de Repressão a Entorpecentes (DRE), ligada à Diretoria de Investigações Criminais (Deic).
Esteonatários são presos em velório
Uma mulher com 14 mandados de prisão em aberto foi finalmente detida em Balneário Camboriú. O marido dela também foi detido. Roseli Gonçalves Ribeiro e o marido, Elton Rodrigues de Lima, estavam no velório do irmão dela quando foi localizada pela polícia. Ela é suspeita de estelionato e formação de quadrilha. Segundo a polícia, os dois ficaram calados e não prestaram nenhuma informação em depoimento. O advogado do casal, identificado somente como Celso, não quis falar sobre o caso.
BLOGS
Visor
As duas cenas são do mesmo local: o calçadão da Felipe Schmidt, no coração de Floripa. Na primeira, dia desses, o local tomado por vendedores ambulantes. Na segunda, na manhã desta terça-feira, depois da Operação Centro Livre. É mais ou mens como dizia aquele velho comercial de shampoo: o lugar continua o mesmo, mas o visual, quanta diferença….
Aconteceu na ALESC
Audiência cobra segurança pública para Blumenau e região
Audiência pública realizada dia 25 pela Comissão de Segurança Pública da Assembleia Legislativa no plenário da Câmara de Vereadores de Blumenau cobrou segurança pública para a região do Vale do Itajaí. Requerida pelo deputado Jean Kuhlmann (DEM), a reunião que se estendeu por mais de três horas atendeu apelo da população local, que reivindica aumento do efetivo de policiais para o município e região. Participaram do debate a deputada Ana Paula Lima (PT) e os deputados Sargento Amauri Soares (PDT), Maurício Eskudlark (PSDB), Ismael dos Santos (DEM) e Gilmar Knaesel (PSDB).
No encontro que reuniu dezenas de autoridades; entre elas, o secretário de Segurança Pública, César Grubba, um dos problemas levantados foi a falta de efetivo da polícia militar na região. Na oportunidade, entidades aproveitaram para pressionar e cobrar do Executivo mais policiais para Blumenau; uma vez que, dos 202 do último concurso, formados pela Academia de Polícia Civil, apenas um será encaminhado para cidade.
Um dos representantes de Blumenau no Parlamento , Kuhlmann explicou que a reunião teve objetivo de definir linhas de ações para restabelecer a segurança no Estado e principalmente nos municípios do Vale do Itajaí. Solidário às manifestações, o parlamentar destacou que o Legislativo dá a voz aos representantes das comunidades diretamente atingidas pelo problema na busca de medidas urgentes para a situação. “Somos o terceiro município mais populoso de Santa Catarina e contribuímos muito na arrecadação de impostos do estado. Nossa região precisa de mais atenção”, ressaltou.
Presente ao encontro, o prefeito João Paulo Kleinübing (DEM) reconheceu a defasagem no efetivo de policiais. “Além de aumentar o efetivo, a segurança pública requer aparelhos e infraestrutura para trabalhar adequadamente. Porém, sem efetivo, não é eficaz?, observou o prefeito. Kleinübing ressaltou que o Fundo Municipal de Segurança surgiu em Blumenau para auxiliar na compra de materiais necessários para o Corpo de Bombeiros e Polícia Militar. Na ocasião, o prefeito também demonstrou preocupação com o crescimento no número de homicídios na cidade, que já chega a 13 nos quatro primeiros meses de 2011. ?Há cerca de 10 anos, a mesma marca era registrada num ano inteiro”, lembrou.
Números
Diante dos questionamentos, representantes de diversos órgãos fizeram um radiografia do quadro pessoal. O representante da Polícia Militar Rodoviária, Mauro Rezende, informou que tem 75 homens para atender desde a Foz do Rio Tijucas até Taió. “Dos 9 mil acidentes atendidos no Estado, grande parte se concentra no Vale do Itajaí”.
Na sequência, o comandante da Polícia Militar de Blumenau, Álvaro Luiz Alves, que chefia o 10º Batalhão da PM, revelou que são 340 homens para a região, sendo 281 apenas para Blumenau, com 35 viaturas, porém apenas 15 viaturas estão circulando devido à falta de efetivo. “Ocorrências chegam a 400 por dia no final de semana. Estamos com uma defasagem policial, em Blumenau havia mais de 320 homens, mas vázrios foram se aposentando ou pediram transferências”. mencionou.
O coordenador do Instituto Geral de Perícias (IGP) de Blumenau, Daniel Kock, explicou, por sua vez, que o órgão da perícia policial do Estado comporta também o Instituto Médico Legal. Entre suas atribuições, está a elaboração de documentos de identidade, necrópsias de vítimas de crime e acidentes. Há um ano e meio à frente do IGP, admitiu que também tem poucos funcionários. ?No IML, há dois funcionários que trabalham na escala 24h de trabalho por 24h de folga. Praticamente moram no IGP?, comentou. Dos 28 servidores novos anunciados para concurso pelo governo do Estado, Kock espera pelo menos quatro para Blumenau. “Blumenau tem uma estrutura praticamente completa, mas não há quem opere”, disse.
Entre as reclamações, o diretor do Presídio Regional de Blumenau, Jairo Santos, destacou que só no presídio 213 presos estão trabalhando. “Atualmente estamos com 900 detentos no presídio”, observou
Na oportunidade, o tenente-coronel Tarcísio, comandante do Corpo de Bombeiros, explicou que o batalhão é composto por 15 municípios. Blumenau é a cidade de maior população, sendo que Timbó e Brusque são sedes de companhias. “São quase 760 bombeiros para 700 mil pessoas, só os acidentes de trânsito representam 70% dos atendimentos. Seriam necessários mais 60 bombeiros para compor o efetivo e trabalhar dentro dos protocolos exigidos para a segurança do paciente e do bombeiro”, reivindicou.
Atento às manifestações, Grubba argumentou que o Estado autorizou 28 novos peritos para o Instituto Geral de Perícias, informando que 5.997 é a demanda de policiais civis no Estado, sendo que pouco mais de 3 mil estão em atuação. No quadro da PM, a demanda é de 20 mil policiais , sendo que hoje há 10,6 mil atuando.
O secretário explicou que os concursos públicos são regionalizados e não é possível mover as vagas. O último da Polícia Civil foi aberto em 2008, com 900 vagas já direcionadas por região. “Estamos com 465 PMs sendo formados na academia, que ficarão até julho e na sequência serão deslocados para os batalhões já delimitados pelo concurso”, explicou. Além do efetivo, Grubba destacou que hoje são 36 câmeras no centro da cidade e que o Executivo pretende instalar mais 50 na região de Blumenau.
Enquanto a audiência ocorria, os taxistas blumenauenses promoveram um buzinaço em protesto à falta de segurança.
Depoimentos de parlamentares
Ana Paula aproveitou a oportunidade para denunciar o “descaso?” do Estado com o setor no município e região. “Faço um apelo para que o Estado cumpra com suas obrigações e traga reforços para a Polícia Militar, uma vez que esses profissionais estão trabalhando de maneira desumana. Falta gasolina, carro, e o presídio está superlotado”, revelou.
Já o deputado Sargento Amauri Soares reforçou a necessidade de ampliar o efetivo das polícias e agentes penitenciários em Blumenau. “Imagino como fazer segurança no presídio com três agentes cuidando de 900 presos por turno”, alertou.
Na ocasião, o deputado Maurício Eskudlark elogiou a iniciativa de Blumenau em ter criado o Fundo Municipal de Segurança Pública. Classificou como absurda a superlotação do presídio, ressaltando a importância da ressocialização dos criminosos para reduzir a criminalidade.
Na condição de presidente do Fórum Parlamentar de Combate às Drogas, Ismael dos Santos considera que é necessário também combater o tráfico e o consumo de drogas, já que a maior parte dos crimes tem relação com o tráfico.
Gilmar Knaesel elogiou a presença do secretário Cesar Grubba. “Existe um problema, a solução precisa ser buscada, porém não existem milagres”. Falou da busca por medidas emergenciais para sanar o problema e promover mais segurança para os municípios catarinenses
A audiência pública realizada segunda-feira (25) pela Comissão de Segurança Pública da Assembleia Legislativa no plenário da Câmara de Vereadores de Blumenau foi comentada pelos parlamentares na sessão ordinária de hoje (26). O Sargento Amauri Soares (PDT) afirmou nunca ter visto tamanha participação pública em um evento do gênero. “Foi a audiência mais cheia que já participei, com buzinaço de taxistas em torno da Câmara, presença de lideranças, vereadores e outros. Notou-se a revolta bastante grande da população principalmente na questão da falta de efetivo da Polícia Militar em Blumenau”, definiu.
Requerente da audiência, o deputado Jean Kuhlmann (DEM) agradeceu o empenho de todos os parlamentares que participaram do evento e apelou para que a sociedade se mantivesse mobilizada. O deputado Ismael dos Santos (DEM) participou do encontro que classificou de um “debate efervescente” e criticou a capa do Jornal de Santa Catarina que classificou o evento de um “blá, blá, blá”. Segundo Santos, a audiência foi produtiva com um debate que durou mais de quatro horas.
MÍDIAS DO BRASIL
Veículo: Agência Estado
Editoria: Brasil
Assunto: Soldados protestam contra desligamento da Força Aérea
Soldados protestam contra desligamento da Força Aérea
Presidenta Dilma Rousseff chamou o chefe do cerimonial e pediu providências para a suspensão da manifestação
Há dois dias, os Palácios do Planalto e do Alvorada convivem com o ensurdecedor barulho de vuvuzelas e cornetas usadas em estádios de futebol, tocadas por cerca de 20 soldados da Aeronáutica desligados da Força Aérea, após seis anos de serviço. Hoje, incomodada e constrangida com o barulho, durante a reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES), no Planalto, que atrapalhava a apresentação do ministro da Fazenda, Guido Mantega, com explicações sobre inflação, a presidenta Dilma Rousseff chamou o chefe do cerimonial e pediu providências para a suspensão da manifestação.
Um representante da Secretaria-Geral da Presidência conversou com os soldados, prometendo que seriam recebidos no início da tarde de hoje. Pacificamente, eles suspenderam o protesto.
Grupo de ex-soldados que protestam em frente ao Palácio do Planalto
Os manifestantes avisaram, no entanto, que estavam paralisando o ato, mas que queriam ser recebidos apenas pela presidente Dilma para que ela autorizasse a reintegração deles à Força Aérea, sob a alegação de que têm um parecer da Advocacia-Geral da União (AGU) a seu favor. A Aeronáutica alega que eles foram despedidos na forma da lei e que o decreto 880 não permite que eles retornem ao serviço militar.
Sentindo-se “enrolados” pelo governo, já que foram recebidos apenas por assessores palacianos que querem “prosseguir negociando”, um dos representantes da Associação Nacional de Ex-Soldados Especializados, Waldiomar Sizo, do Pará, avisou que só haverá desmobilização se os soldados forem recebidos pela presidente e que eles prometem trazer os 15 mil atingidos pela medida para a capital federal. Os manifestantes ameaçam, ainda, dar continuidade ao ritual de manifestações, pela manhã no Alvorada e durante o horário do expediente na Praça dos Três Poderes, em frente ao Palácio do Planalto.
Após a reunião do CDES, a presidente Dilma cumpriu agenda no Palácio da Alvorada e conseguiu ficar longe do som das vuvuzelas.
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Veículo: Agência Câmara
Editoria: Segurança
Assunto: Deputado destaca atuação da Defesa Civil em catástrofes em SC
Deputado destaca atuação da Defesa Civil em catástrofes em SC
O relator da comissão especial da Câmara que analisa a prevenção de catástrofes climáticas, deputado Glauber Braga (PSB-RJ), destacou nesta terça-feira a parceria de técnicos da Defesa Civil e de representantes do Centro Universitário de Estudos e Pesquisas sobre Desastres (Ceped), da Universidade Federal de Santa Catarina, nas obras de reconstrução de cidades atingidas e de recomposição das encostas devastadas.
Os integrantes da comissão especial visitaram hoje o município de Ilhota, um dos mais afetados pela forte enchente que atingiu Santa Catarina em 2008. Técnicos da Defesa Civil e da universidade também participaram da visita.
Segundo Glauber Rocha, em uma das comunidades a universidade fez o acompanhamento, desde o início, da obra de reconstrução de uma encosta “e deu para perceber que o trabalho está muito bem feito, dentro dos padrões adequados”.
Por outro lado, acrescenta o deputado, em uma segunda obra, em que a universidade não teve a interferência desde o início do processo, “a obra foi mal feita e tudo teve de ser recomposto”. Na sua avaliação, esse é um exemplo simples, “mas que fez diferença porque foi um dinheiro público que, em determinado momento, não foi gasto da forma correta”.
Gerenciamento de riscos
Os deputados também foram à sede do Ceped, em Florianópolis, conhecer os detalhes dos projetos de prevenção de catástrofes. Parte do projeto deve ser usada no Plano Nacional para Gerenciamento de Riscos, que será adotado pelo Ministério da Integração Nacional.
]Glauber Braga defende que a experiência catarinense, principalmente em deslizamento de encostas e inundações, se espalhe para o País inteiro. “A possibilidade que a gente tem de fazer com que esse acúmulo de conhecimento possa auxiliar outras regiões do País foi também um dos motivos da nossa presença aqui.”
A comissão especial de medidas preventivas diante das catástrofes climáticas foi criada para realizar estudos sobre áreas de risco, ações preventivas e reconstrução urbanística.