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12 de Julho 2011
MÍDIAS DE SANTA CATARINA
Veículo: Diário Catarinense
Editoria: Visor
Assunto: Tráfico e homicídios registrados em Florianópolis
A PROPÓSITO
Cerca de 90% dos 58 homicídios registrados em Florianópolis em 2011 estão ligados ao tráfico. A polícia afirma que a morte da menina Beatriz pode ser mais uma, já que o tio dela, que seria o alvo, estaria envolvido com drogas. Logo, a trágica perda da criança de seis anos também será tratada como assassinato ligado ao tráfico?
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Veículo: Diário Catarinense
Editoria: Geral
Assunto: Verbas travadas no Dnit
SC é o segundo mais prejudicado
Atrás apenas do Rio Grande do Sul, Estado terá um total de R$ 926,5 milhões em licitações travadas durante um mês no Dnit
Santa Catarina está na segunda colocação entre os estados que mais terão verbas congeladas com as licitações suspensas por um mês no Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit). São seis concorrências de demandas catarinenses trancadas ou canceladas, que somam R$ 926,5 milhões. Somente o Rio Grande do Sul terá uma fatia maior de investimentos travados, com R$ 987 milhões.
A duplicação de 74,6 quilômetros da BR-280, anulada com a denúncia de escolha antecipada do vencedor e de corrupção no Ministério dos Transportes, seria a obra mais cara do país. Ao preço de R$ 885,6 milhões, ela supera o custo de R$ 875 milhões, da duplicação da BR-116, no RS. A diferença é que a extensão da rodovia do estado vizinho é de 211 quilômetros, três vezes maior. Outra licitação envolvendo a BR-280, entre São Francisco do Sul e Jaraguá do Sul, foi suspensa: a supervisão da ampliação do Túnel do Morro do Vieira.
Concorrências públicas para obras ferroviárias também estarão emperradas durante um mês. A escolha da empresa que fará o projeto básico de engenharia e a que fará o estudo de impacto ambiental do Corredor Ferroviário de SC, ficará para depois. As duas concorrências juntas, da via férrea entre Itajaí e Chapecó, também conhecido como Leste-Oeste, estão orçadas em R$ 37,8 milhões. A extensão é grande, são 622,4 quilômetros.
Outro projeto de estrada de ferro, de 23,5 quilômetros, entre Jaraguá do Sul e Guaramirim, está no bloco dos emperrados. A licitação para seleção de empresa para revisar a EF-485 – ferrovia que vai ligar os portos de Imbituba, Itajaí, Navegantes e São Francisco do Sul – estava em fase inicial.
Como o investimento esperado para SC é alto e esperado há anos, o secretário de Estado de Infraestrutura, Valdir Cobalchini vai a Brasília ver a situação de perto. O encontro será na tarde de hoje com o diretor-geral interino do Dnit, José Enrique Sadok.
– Nos trouxe grande preocupação a anulação da concorrência da BR-280 bem quando estava para ser finalizada. Espero a garantia de que, além da paralisação de um mês nas licitações, as obras não sejam prejudicadas – diz Cobalchini.
Na reunião, o secretário poderá reforçar a oferta, apresentada em audiência há um mês em Brasília, de o Estado executar a obra da ferrovia Leste-Oeste, desde que seja por parceria público-privada.
Fora do pacote de licitações paralisadas, outras obras sofrerão interferência e devem atrasar com o período de mudanças no Ministério dos Transportes. Duas delas fazem parte da duplicação da BR-101 Sul. A Ponte sobre o Canal de Laranjeiras, em Laguna, e o Túnel do Morro do Formigão, em Tubarão.
– As denúncias estão sendo apuradas e recebemos a garantia de que as obras da BR-101 vão continuar – observa o presidente do Fórum Parlamentar Catarinense, Edinho Bez (PMDB).
O superintendente do Dnit no Estado, João José dos Santos, não comenta o assunto.
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Veículo: Diário Catarinense
Editoria: Diário do Leitor
Assunto: Multa da Guarda Municipal
Ignorância
Minha esposa está grávida de oito meses e, ao parar o carro em uma rua em Campinas, São José, apenas para deixar nossa filha no outro lado da rua, foi multada pela Guarda Municipal, sem que houvesse chance de argumentação. Ocorre que naquele momento havia três guardas municipais na dita rua e, como todos sabemos, a segurança pública está cada vez mais sendo deixada de lado. Estes zelosos defensores da lei não deveriam estar cuidando da segurança ao invés de simplesmente multar?
Samuel Wesley Elias
Por e-mail
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Veículo: Diário Catarinense
Editoria: Moacir Pereira
Assunto: Magistério dividido
Magistério dividido
A divisão do magistério catarinense não ficou evidenciada apenas na semana passada, com a realização das assembleias regionais. O resultado mostrou que 17 regionais eram pela suspensão da greve e 11 deliberaram pela continuidade. O Oeste votou pela volta às aulas, enquanto que o Litoral, pelo prosseguimento da paralisação. Na assembleia estadual prevaleceu, contudo, a tese derrotada nas regionais. A distância física foi apontada como uma das razões da virada. Os professores com posição mais rigorosa a favor da greve compareceram em número muito maior, porque moram e trabalham em Florianópolis, bem mais próximos do que os grevistas do Oeste.
O racha ficou claro no levantamento feito pelos veículos do Grupo RBS neste início de semana. É aritmético pelo número de escolas que estão paradas e as que restabeleceram as atividades escolares. Na assembleia regional realizada na entrada do Palácio Barriga Verde, outro sinal inequívoco do fracionamento do magistério. O Boletim nº 7/2011 do Conlutas evidenciou a fratura exposta. Ali, a disputa trava-se entre os professores ligados à CUT (Central Única dos Trabalhadores), identificada com o PT, e os líderes da Conlutas, a Central Sindical e Popular, controlada por representantes do PSTU, e que, segundo seus dirigentes, tem também sindicalistas do PC do B, dissidências da CUT e PT.
No boletim, a Conlutas critica a forma política como a direção estadual do Sinte conduziu as negociações com o governo do Estado. Um texto intitula-se A maioria da direção do Sinte/SC (CUT) não está encaminhando a continuidade da greve. Acusa o Sinte de “desmobilizar a categoria ao afirmar, nas suas regionais e na imprensa, que houve muitos avanços na proposta”. Prega mudanças: “Comecem a construir uma nova direção para nossas lutas”. O boletim publica a nominata da diretoria do Sinte, indicando que 11 dirigentes são da CUT e seis da Conlutas.
Votação
O relator do projeto de lei complementar do piso, deputado Joares Ponticelli, do PP, pretende concluir seu parecer esta manhã. Está em reunião permanente com os assessores. O relatório será pela aprovação da mensagem governamental.
– Não há como não reconhecer que o governo transigiu, que ocorreram avanços e que o Executivo chegou ao limite. A maioria das assembleias regionais já decidiu pela volta das aulas. A greve não tem mais razão para continuar – afirmou.
Nos bastidores da Assembleia, há indicativos de que o projeto seja aprovado. A maioria governista tem dado demonstrações de que não há alternativas para manter os salários nos mesmos níveis e acima dos que foram pagos em junho. O líder Elizeu Mattos alega que o governo ficou sem respaldo jurídico para rodar a folha e que a autorização só pode vir agora com o projeto aprovado. Descartou totalmente uma nova medida provisória. Outra leitura feita no Centro Administrativo: a aprovação do projeto vai enfraquecer a mobilização do magistério. Os professores decidiram manter a greve com disposição de manter a crise no cenário político. O comando de greve tem reunião esta manhã na Assembleia. Começa a pressionar os deputados já na Comissão de Justiça.
A Secretaria da Educação passou a exigir a presença dos professores em sala de aula. Algumas medidas adotadas foram criticadas na assembleia regional de Florianópolis. Uma delas condenava a decisão do Instituto Estadual de Educação de considerar aula dada a sala que tivesse ao menos um aluno presente. Anunciam mais resistência. O magistério recebeu uma ducha de água fria com a decisão do juiz de segundo grau Rodolfo Tridapalli, revogando a liminar que mandava o governo devolver os descontos salariais dos grevistas. Acolheu agravo de instrumento impetrado pela Procuradoria Geral do Estado.
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Veículo: Diário Catarinense
Editoria: Política
Assunto: Casos de invalidez
Iprev começa perícias em aposentados
Começaram ontem as perícias médicas sobre os 210 aposentados por invalidez da Assembleia Legislativa catarinense.
A análise está sendo feita pela Junta Médica do Estado, a pedido do Instituto de Previdência (Iprev). Desde maio, reportagens do Diário Catarinense e da RBS TV apresentam indícios de irregularidades na concessão de aposentadorias por invalidez do Legislativo. Além do alto número – 46% dos inativos são inválidos –, pelo menos seis beneficiados exerceram atividades remuneradas após a aposentadoria.
Sete inválidos passaram pela perícia ontem e outros 28 deve ser analisados até sexta-feira, quando o Iprev divulga uma parcial dos resultados. A expectativa é de que todo o trabalho seja feito até o final de agosto.
Segundo o presidente do Iprev, Adriano Zanotto (PMDB), todos os servidores periciados ontem levaram seus prontuários médicos.
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Veículo: Diário Catarinense
Editoria: Política
Assunto: Vignatti é demitido por Ideli Salvatti
Vignatti é demitido por Ideli Salvatti
Saída do secretário executivo do ministério pegou o partido de surpresa
Dada como certa desde a posse de Ideli Salvatti (PT) como ministra das Relações Institucionais, a demissão do ex-deputado federal Claudio Vignatti (PT) da secretaria executiva da pasta foi oficializada ontem.
Embora fosse esperada, a exoneração pegou de surpresa o PT catarinense, que esperava a indicação do ex-deputado para outro cargo federal. As duas principais lideranças eleitorais do partido no Estado estão com o relacionamento abalado desde a campanha eleitoral, quando Ideli disputou o governo estadual e Vignatti uma vaga no Senado.
Ambos foram aproveitados no governo Dilma, ela como ministra da Pesca, ele com o segundo cargo mais importante do secretaria de Relações Institucionais. Quando a presidente decidiu trazer Ideli para o novo cargo, em 13 de junho, ficou acertado que Vignatti seria aproveitado em outra função federal.
No domingo, o ex-deputado foi alertado de que seria substituído por Claudinei Nascimento, ex-coordenador da campanha de Ideli ao governo e chefe de gabinete da petista nos quase seis meses em que ela comandou a Pesca. A decisão foi oficializada ontem no Diário Oficial da União.
Procurado para comentar sua saída, Vignatti disse não poder atender porque estava viajando para Brasília. Depois, não atendeu e nem retornou as ligações. Ainda no domingo, ele comentou a demissão no Twitter.
O presidente estadual do PT, José Fritsch disse que o encaminhamento já era esperado e que a discussão sobre o novo cargo de Vignatti será feita pela executiva nacional. O secretário-geral José Roberto Paludo lamentou a a forma como foi a demissão.
– Cria-se uma polêmica desnecessária. Não estaríamos discutindo isso se ele tivesse sido encaminhado para outra função.
A assessoria de Ideli Salvatti disse que ela não comentaria o episódio por se tratar de um tema resolvido e negociado com o próprio Vignatti. Desde o final do ano passado, Vignatti pleiteia a presidência da Eletrosul. Nos bastidores, o nome dele foi citado para assumir o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit).
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Veículo: Diário Catarinense
Editoria: Reportagem Especial
Assunto: Greve do magistério
Às vésperas da votação, ainda não há consenso
Deputados vão mandar projeto de lei para o plenário amanhã apenas se tiverem certeza de que professores aprovam proposta
O projeto de lei complementar (PLC) que altera o salário dos professores conforme a proposta apresentada pelo governo em 3 de julho será votado, hoje, pelos deputados integrantes da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Assembleia Legislativa, que ainda não demonstraram um consenso. Com acordo, ele deve ser encaminhado amanhã para votação em plenário. Caso contrário, o projeto só retorna à votação depois do recesso da casa, que começa em 15 de julho e vai até agosto.
Na última quinta-feira, os líderes dos partidos e o presidente da Assembleia, deputado Gelson Merisio, decidiram que votariam o PLC antes do recesso, se houvesse um entendimento de que ele foi bem aceito pelos professores. O indicativo seria a volta dos docentes ao trabalho. Em circunstâncias normais, um projeto de lei pode levar meses para ser votado, porque os deputados podem pedir vista e propor alterações no texto.
– Havendo um acordo, a gente teria condições de encaminhar o projeto para plenário na quarta-feira (amanhã). Eu realmente gostaria que ele fosse aprovado – afirmou o presidente da casa.
Merisio informou ainda que hoje deve haver uma reunião entre os líderes, antes da votação na CCJ. O presidente da comissão, Romildo Titon, também é favorável à votação do projeto, mas observou que se algum deputado pedir vista, irá conceder. A expectativa do líder de governo, Elizeu Mattos, é que o PLC seja aprovado até amanhã.
– O governo afirmou que não tem mais como avançar. A situação exige cautela, porque sem votação antes do recesso, os professores voltam a receber os salários de abril – ressaltou.
O relator do processo será o deputado Joares Ponticelli (PP), que não tinha um parecer. Ele informou que está estudando o projeto, e ouvindo várias pessoas. Para ele, o projeto deveria ser votado antes do recesso, porque está claro que houve avanços nesta última proposta.
O deputado do PT Dirceu Dresch, que faz parte da CCJ, acredita que não há condições para aprovar o projeto, porque ele não foi aceito pelos professores estaduais.
– Se aprovarmos, não terá mais negociação. Não há um acordo entre professores e governo, e nós do PT não concordamos que os deputados tenham que assumir essa responsabilidade – declarou.
Para o deputado Sargento Amauri Soares (PDT), que também integra a CCJ, o projeto não deve passar amanhã, porque ele foi rejeitado pela categoria, que votou pela continuação da greve. Ele argumentou que o PLC não traz avanços para o magistério.
Às vésperas da votação, em uma assembleia regional unificada, entre professores de Florianópolis e São José, realizada ontem, na entrada do prédio da Assembleia Legislativa, os trabalhadores prometeram pressionar os deputados para não aprovarem o projeto, porque ele altera o plano de carreira, achatando a tabela salarial. Eles vão passar o dia de hoje na Assembleia.
Estado pode descontar dias parados dos grevistas
Outra decisão, que pode mexer com a votação na CCJ, saiu no final da tarde de ontem. O desembargador do Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJSC), Rodolfo Tridapalli, suspendeu a resolução do juiz Hélio do Valle Pereira, que determinou o pagamento dos descontos, feitos no salário dos grevistas. A liminar foi questionada, na semana passada, pelo Estado no TJSC e no Superior Tribunal de Justiça, em Brasília. Com isso, em caráter provisório, o governo pode continuar descontando os dias parados dos grevistas e não precisa pagar o que foi descontado. O mérito da ação, que pediu a suspensão dos descontos, não foi julgado.
Levantamento em 156 escolas
Equipes de reportagem dos veículos da RBS – jornais, rádios, redações online e TVs – visitaram ontem 156 escolas de Santa Catarina para verificar a situação da greve em cada estabelecimento. A tabela na página ao lado mostra o resultado do que foi encontrado pela reportagem – 32 escolas estão com aulas normais, 25 em greve e 99 com aulas parciais. A lista foi feita com base nas 400 maiores escolas do Estado.
O levantamento é somente uma amostragem e não tem a pretensão de ser considerado uma pesquisa científica ou de fixar um índice de adesão à paralisação: é tão somente um retrato, no dia de ontem, das escolas da lista, com informações dos diretores das escolas.
Dados do governo, divulgados ontem, apontam para uma adesão de 21% dos professores. Já o Sindicato dos Trabalhadores em Educação (Sinte) divulga que entre 45% e 50% dos docentes ainda estão em greve, mas afirma que um levantamento mais preciso sairá hoje.
Só metade retornou em Lages
Um levantamento feito por jornalistas do Grupo RBS nas 13 das 26 maiores escolas estaduais de Lages constatou que, dos 570 profissionais das instituições, 112 ainda não haviam retomado as atividades na manhã de ontem.
Em 11 escolas, o funcionamento é parcial. Na Escola Vidal Ramos, que atende 450 alunos, os 25 professores retornaram às atividades. Mas na Escola Básica de Lages – o antigo Colégio Industrial, com 1,4 mil alunos –, a adesão dos 32 professores à greve ainda é total, e não há aula desde o dia 18 de maio.
Entre os prejudicados estão as amigas Jhenifer de Liz, 15 anos, e Mayara Pereira, 16. As duas são estudantes do segundo ano do ensino médio, e não veem a hora de o impasse entre governo do Estado e sindicato dos professores acabar.
No fim da semana passada, elas viram pela imprensa que as aulas deveriam retornar ontem, e saíram cedo de casa para estudar. Mas, ao chegarem à escola, encontraram o portão fechado e receberam a notícia de que sequer há previsão de serem reabertos.
Jhenifer e Mayara concordam com as reivindicações dos professores e entendem a paralisação dos professores, mas não escondem a preocupação em ficar tanto tempo longe da escola.
– Antes de entrar em greve, alguns professores nos deram trabalhos para fazermos em casa. Continuamos estudando para não perder o ritmo, mas a escola está fazendo falta.
Márcio Souza, professor da escola e dirigente do sindicato da categoria, diz que pelo menos na instituição, nenhum dos 32 profissionais voltará ao trabalho enquanto não tiverem todas as reivindicações atendidas pelo governo estadual.
Cansados e ameaçados
Cansada, desiludida e ameaçada de ser substituída por um professor Admitido em Caráter Temporário (ACT). Estes foram os motivos que fizeram a professora de geografia Ana Paula da Silveira abandonar a greve e voltar às aulas ontem, em Biguaçu. Mas ela ainda pode fazer como Décio Teixeira, que retornou à greve.
Décio, professor de Artes da EEB Professor José Brasilício, também em Biguaçu, voltou às aulas ontem, assim como todos os docentes da escola. Só que mudaram de ideia com as últimas informações recebidas.
– Ficamos sabendo que o governador quer aprovar o projeto sem mudança. Como vai achatar nossos salários, voltamos à greve – contou.
Eles se preparam para acompanhar as discussões na Assembleia Legislativa. Hoje, é certo que não haverá aula na escola. Já amanhã, não se sabe.
– É uma sensação de revolta, frustração e desencanto. É como se pegassem o seu diploma e rasgassem. Estamos em um país que fala em qualidade de educação, mas só na teoria – avalia.
Frustração também é uma palavra usada por Patrícia, da EEB Professora Maria da Glória de Faria. Só que ela vai além.
– Hoje eu digo que tenho mais vergonha de ser professora do que se eu fosse uma prostituta. E voltei às aulas porque fomos ameaçados de ser substituído por ACTs.
A professora pensa, inclusive, em largar o magistério.
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Veículo: Diário Catarinense
Editoria: Artigos
Assunto: Militares e pirulitos
Militares e pirulitos, por Marlon Jorge Teza*
No Brasil, os membros das polícias militares e os corpos de bombeiros militares são militares estaduais, por força da Constituição Federal, e, bem por isso, possuem condições especiais e diferenciadas quanto a sua investidura e disciplina, sendo regidos pelos regulamentos disciplinares e pelo Código Penal Militar. Dentre outras situações, aos militares é proibida a sindicalização, a greve e qualquer manifestação, exigindo-se deles, ainda, a bravura a qualquer custo, pois o desiderato constitucional é que a sociedade tenha à disposição uma força de segurança que a atenda a qualquer momento e em qualquer situação.
Pois bem. No passado a maioria dos governos oferecia a esses profissionais alguns parcos benefícios, ou seja, alguns “pirulitos”, e os militares fingiam que estavam contentes e motivados, cumprindo, assim, a lei. Os tempos mudaram, e agora só pirulito já não satisfaz. A dignidade, traduzida em melhores condições de vida, fala mais alto. Militares, por desespero, acabam descumprindo a lei, sujeitando-se a pesadas penas.
Como se observa, os militares arcam com o ônus da obediência e cumprimento da lei, realizando a preservação, a qualquer custo, da ordem pública, porém, não recebem do Estado o bônus necessário para defender a sociedade.
Como dito, só pirulito não contenta mais. E se os governos não perceberem que há necessidade de dar melhor tratamento aos militares estaduais, por certo, episódios similares ao ocorrido recentemente com os bombeiros militares do Rio de Janeiro, infelizmente, acontecerão, numa espécie de reação em cadeia, em todo o território brasileiro.
A história brasileira e mundial registra que sempre que os militares não tiveram tratamento adequado foram registradas rebeliões e revoltas. Por tudo isso, os militares estaduais precisam mais do que “pirulitos”.
*CORONEL PM/SC, PRESIDENTE DA FEDERAÇÃO NACIONAL DE ENTIDADES DE OFICIAIS MILITARES ESTADUAIS (FENEME)
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Veículo: Diário Catarinense
Editoria: Polícia
Assunto: Morte da menina Beatriz
Desavença pode ter provocado disparo
Tio da menina teria rixa com o adolescente que seria o autor dos tiros
Para a equipe da Delegacia de Homicídios de Florianópolis, o assassinato de Beatriz Machado, seis anos, está esclarecido. O adolescente que assumiu o crime na tarde de domingo foi encaminhado ontem à Delegacia de Proteção ao Menor como o autor do disparo que atingiu o coração da criança. Mas detalhes do caso permanecem nebulosos. O adolescente contou à polícia que os disparos contra a casa da família Machado foram motivados por uma desavença com o tio da vítima.
Apesar de afirmar que “nenhuma investigação é encerrada”, o delegado responsável pelo caso, Ênio Mattos, disse que o adolescente de 17 anos responderá por homicídio culposo, sem a intenção de matar. Para o delegado, ao atirar contra a casa, o jovem não pretendia matar Beatriz:
– Pode haver uma qualificação, mas isso não sou eu que vou decidir.
Após assumir a autoria, o adolescente foi levado à cena do crime, a casa onde Beatriz morava com a família no Bairro Tapera. Lá, foram encontrados cartuchos vazios de munição de pistola 9 mm. O adolescente contou que perdeu a arma usada no crime ao fugir. O adolescente se apresentou acompanhado do pai. O garoto, que também é morador do bairro, estuda, trabalha e não tem passagem pela polícia. Ele teria decidido se entregar após saber da morte da menina. Na tarde de ontem, ele foi ouvido no Fórum da Capital e a Justiça determinou sua apreensão. Beatriz dormia quando a bala atravessou a janela do quarto e atingiu seu coração por volta da 1h30min de sábado. A casa de madeira na Rua José Corrêa ainda foi alvo de outros disparos.
De acordo com o delegado, o garoto e o tio de Beatriz, que tem envolvimento com o tráfico, teriam discutido durante o Carnaval por causa de uma namorada. O tio da menina confirmou a história em depoimento. O adolescente disse que as rixas eram constantes e estava sendo ameaçado pelo homem, por isso comprou uma pistola para se defender. A hipótese de que os tiros tinham como alvo o irmão de Beatriz, de apenas 12 anos, chegou a ser levantada antes da confissão, mas acabou descartada.
História com muita dúvida
Muitos pontos no assassinato de Beatriz ainda não foram esclarecidos. O delegado Ênio Mattos admite que queria dar uma resposta rápida à sociedade, mas que nem tudo foi bem explicado.
O pai da menina disse ter ouvido o barulho de um carro passando logo após os disparos, mas, segundo a investigação, o adolescente teria fugido a pé. Ainda assim, ele não teria sido visto por testemunhas, mesmo muitas pessoas tendo acordado com os tiros. A arma que o adolescente disse ter perdido ao fugir não foi encontrada pela Polícia Militar, que fez diversas rondas na área, nem pela Polícia Civil, que também voltou ao lugar.
Outro ponto que chama a atenção é o alvo. O tio da vítima mora em uma casa de alvenaria ao lado da casa da família de Beatriz, que é de madeira. No momento dos disparos, apenas Beatriz e os dois irmãos dormiam no quarto. A polícia também confirmou que na semana passada a casa da família foi alvejada por duas vezes.
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Veículo: Diário Catarinense
Editoria: Polícia
Assunto: Vereador é morto a tiros no Oeste
Vereador é morto a tiros no Oeste
O vereador Hilário Schregele, 39 anos, de São Bernardino, no Oeste do Estado, foi morto a tiros quando estava com amigos num bar. Ele também ocupava o cargo de diretor da Secretaria de Desenvolvimento Regional (SDR) de São Lourenço do Oeste. O corpo foi enterrado na tarde de ontem.
O crime aconteceu em um bar no centro da cidade, por volta das 19h de domingo. Segundo testemunhas, Hilário conversava com amigos quando um homem chegou, efetuou os disparos e fugiu do local. Quatro tiros atingiram o tórax do vereador, que morreu ao chegar ao hospital.
Segundo a polícia, Schregele teria sido morto pelo ex-marido da sua atual companheira, com quem estava há quatro meses. A suspeita é de crime passional.
– Eles tomavam chimarrão juntos, ninguém suspeitava que ele fosse fazer uma coisa dessas – afirmou Baldomar Schregele, pai do vereador.
O velório do vereador foi realizado no centro comunitário de São Bernardino. Segundo a polícia, o homem que atirou em Hilário já tem passagens na polícia por tentativa de homicídio e violência doméstica. Buscas foram feitas na casa do suspeito, onde foi encontrada uma espingarda. A polícia ainda não encontrou o suspeito.
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Veículo: Diário Catarinense
Editoria: Polícia
Assunto: Toque de recolher em Camboriú
Operação continuará na noite de Camboriú
Bares, que fechavam, no máximo, às 22h, agora podem abrir até a meia-noite
Após um final de semana com o comércio de portas fechadas após as 22h, numa tentativa de refrear os índices de criminalidade em Camboriú, ontem, a delegada regional Magali Nunes Ignácio estendeu o horário de funcionamento dos estabelecimentos que dependem de alvarás da Polícia Civil para a meia-noite.
A primeira etapa da força-tarefa instalada pelas polícias Civil e Militar, que contou com barreiras em entradas e saídas da cidade, terminou com a detenção de cinco pessoas que tinham mandado de prisão em aberto e a apreensão de duas armas.
Os registros de crimes diminuíram nos primeiros dias de operação. O helicóptero Águia de Joinville sobrevoou a cidade por duas vezes no final de semana para dar apoio às ações feitas em terra. Nas barreiras montadas nas entradas da cidade, 460 veículos foram revistados e 621 pessoas tiveram seus nomes consultados nos registros policiais.
De acordo com o delegado Rodrigo Coronha, da delegacia da Polícia Civil em Camboriú, de sexta-feira a domingo houve um furto, um registro de violência doméstica e uma tentativa de assassinato entre dois ex-presidiários, em que um deles foi esfaqueado. As ocorrências não tiveram relação com o tráfico de drogas, apontado como a causa da maioria dos 19 assassinatos que aconteceram na cidade este ano. Também houve fiscalização no comércio local. Ao todo, 30 bares foram notificados em função do limite de horário de funcionamento e um foi interditado, após o dono ter se negado a cumprir a ordem de fechar as portas.
A delegada regional diz que a portaria que limitou o horário de funcionamento do comércio foi lançada após a polícia ter recebido informações de que facções criminosas poderiam agir em Camboriú no final de semana. Ela não revela, porém, o que os bandidos ameaçavam fazer:
– Soubemos que algo iria ocorrer e precisamos tomar medidas mais drásticas num primeiro momento, por isso agora expedimos uma nova portaria ampliando o horário de funcionamento do comércio – disse.
A restrição após 22h vai continuar valendo em locais que tenham sido alvo de denúncias de tráfico.
A força-tarefa deverá continuar em Camboriú nos próximos dias. Segundo o comandante da PM na cidade, major Jefferson Schmidt, novas barreiras deverão ser feitas.
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Veículo: Diário Catarinense
Editoria: Polícia
Assunto: Mutirão para revisar processos penais
Mutirão para revisar processos penais
O mutirão carcerário, que ocorre em Santa Catarina desde o dia 13 de junho, concedeu liberdade a mais de 700 presos até a a semana passada. Foram revisados mais de 9 mil processos e concedidos mais de 1,5 mil benefícios. De acordo com a juíza Soraya Brasileiro Teixeira, o mutirão encerra na próxima quarta-feira
Advogado pede volta do traficante a SC
O advogado do traficante Sérgio de Souza, o Neném da Costeira, vai pedir à Justiça o retorno do preso ao sistema penal catarinense. Neném foi transferido da Penitenciária de São Pedro de Alcântara para Campo Grande, no Mato Grosso do Sul. Ele entende que a remoção do seu cliente foi ilegal.
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Veículo: Diário Catarinense
Editoria: Polícia
Assunto: Crimes e ocorrências
Corpo de mulher é encontrado na praia
Moradores de um prédio de Barra Velha, no Norte do Estado, encontraram na manhã de ontem, por volta das 10h, um corpo boiando na Praia Central, perto da colônia de pescadores. O corpo estava a cerca de 50 metros da orla e foi retirado do mar pelos bombeiros militares. A vítima, uma mulher de aproximadamente 70 anos, com cabelos grisalhos, estava sem roupas e foi encaminhada ao Instituto Médico Legal (IML) de Itajaí. Até a noite de ontem, ela ainda não havia sido identificada.
Homem morre queimado em carro
O corpo de um homem foi encontrado carbonizado no interior de Gol, em Rio Negrinho, no domingo. Conforme a Polícia Civil, ele estava na localidade de Volta Grande, numa estrada deserta. Segundo o delegado Fernando Lucio Mendes, a polícia já tem suspeitos. O proprietário do carro onde o corpo foi encontrado disse que o veículo estava emprestado e havia sido roubado na última quinta-feira, mas não registrou boletim de ocorrência.
CASA DE APOIO É FURTADA
Na noite de domingo, a Polícia Militar (PM) de Blumenau foi chamada para atender a uma ocorrência de furto na Casa de Apoio à Criança com Neoplasia no Bairro Jardim Blumenau. No local, os policiais verificaram que os assaltantes arrombaram a porta da frente para entrar no estabelecimento. Não havia mais ninguém no local na hora que os policiais chegaram.
Em princípio, os funcionários sentiram falta de um monitor e uma CPU foi danificada durante a ação. A PM chegou a fazer ronda no local, mas ninguém foi encontrado.
Polícia Militar apreende submetralhadoras na região central de Florianópolis
Entre o material apreendido estavam 700 munições de diversos calibres
A Polícia Militar apreendeu nesta segunda-feira duas submetralhadoras calibre 9mm, oito carregadores de pistola, 700 munições de diversos calibres e 1,5 kg de maconha em uma operação no Morro do Mocotó no Centro de Florianópolis.
A ação ocorreu no início da manhã e teve como objetivo reprimir o tráfico de drogas na região. O material apreendido foi encontrado em uma região de mata fechada, em um tonel enterrado a mais de meio metro de profundidade em local de difícil acesso.
BLOGS
Paulo Alceu
O futuro de Vignatti
O clima não é dos melhores no PT. A exoneração do ex-deputado Cláudio Vignatti deixou claro os desencontros existentes com a ministra Ideli Salvatti. O partido reconhece que há um mal-estar, mas tenta justificar argumentando que dois nomes importantes e com repercussão política acentuada não poderiam ficar no mesmo Ministério podendo um prejudicar o outro. Emolduraram a saída de Vignatti como se fosse uma estratégia tentando abafar desentendimentos mais do que conhecidos. Mas para que essa estratégia dê certo o ex-deputado deverá ter uma colocação o mais rápido possível. E isso dependerá da ministra, que hoje recebe a visita do deputado Pedro Uczai, que além de falar de Educação, vai pedir pelo companheiro. Eletrosul está fora de cogitação. Dnit, com a confusão que se instalou no Ministério dos Transportes de repente poderá demorar. Na verdade a expectativa é de que realmente esteja sendo desenhado um cargo para Vignatti, que segundo a direção do PT, não acontecendo poderá gerar desgastes internos a ministra Ideli.
Moacir Pereira
Acordo distante
A Assembléia Legislativa entra em recesso nesta quinta-feira. Se até quarta não houver um entendimento entre o governo e os professores sobre o Projeto de Lei Complementar que trata do piso salarial, a matéria fica para agosto. Neste caso, os professores terão redução salarial. O governo aplicou em junho os aumentos da medida provisória 189, já revogada. Portanto, perdeu seus efeitos legais. O que está em vigor é a lei com os vencimentos de março e abril. A outra alternativa para respaldar juridicamente a proposta salarial que os professores rejeitam seria uma nova medida provisória. Opção descartada. Haveria inconstitucionalidade como já definido pelos deputados.
Os professores continuam em greve pelo piso na carreira. Como o governo não admitiu sequer examinar o parcelamento do benefício, solução adotada por outros Estados, o impasse permanece. Quer dizer: acordo não haverá. Com isto, descarta-se a condição estabelecida pela mesa diretora da Assembléia de só aprovar o projeto oficial em regime de urgência, mediante acordo de lideranças. Os três partidos que estiveram ao lado dos grevistas não devem respaldar esta solução política. Se concordarem, contrariando frontalmente os professores, a mensagem oficial passaria fácilmente. O governo continua com maioria tranqüila na Assembléia.
O presidente Gelson Merisio fixou as duas condições – acordo de lideranças e retorno dos professores a sala de aula – por razões regimentais e políticas. Apega-se ao regimento para evitar que o parlamento transforme-se em campo de batalha, provoque prejuízo irreparável aos deputados que serão candidatos em 2012 e entre num confronto que foi criado pelo Executivo.
ACONTECEU NA ALESC
Nota de esclarecimento e de apoio aos professores em greve
Foram publicadas informações incompletas e distorcidas de que “todos” os líderes de bancadas na Assembleia Legislativa colocaram como condição o fim da greve para apreciar o projeto de lei complementar que trata da remuneração do magistério estadual. Como líder de bancada é preciso esclarecer que não assumimos qualquer postura de coação contra os integrantes do magistério e contra o movimento grevista. Entendemos que a greve continua legítima, justa e necessária.
Nossa posição com relação a este assunto é baseada na posição da maioria dos trabalhadores da educação que decidiram em assembleia estadual pela continuidade da greve, e nosso apoio vai continuar de forma irrestrita e incondicional.
Consideramos que houve erros na condução deste processo, e que tais erros contribuíram para a confusão, para a dispersão e para a revolta. O Governo errou já na primeira Medida Provisória, a de nº 188, pois cortou direitos historicamente conquistados com o único objetivo de buscar o discurso de que estava cumprindo o piso. Repetiu o mesmo erro na Medida Provisória nº 189, e persistiu no erro com o PLC 026, que ora tramita na Alesc. Professoras e professores responderam com justa indignação, pois o conteúdo do PLC não apresenta novidade em sua essência, a não ser o parcelamento de um direito que o magistério já tem.
O Governo poderia ter colocado na mesa de negociação qualquer proposta de parcelamento de implantação do piso estadual de salários, sem alterar qualquer legislação historicamente construída. Certamente este seria o caminho mais curto para o encerramento negociado da greve.
O que pouca gente entendeu é que esta é uma greve que nasceu da vontade soberana das bases, e como tal deve ser respeitada. Quem construiu essa greve foi a “enrolação” do governo LHS, que entrou com a ADI ao invés de cumprir a lei, e a decisão (correta) do Supremo Tribunal Federal de afirmar que a lei do piso deve ser cumprida na íntegra. Colocar qualquer elemento que busque menosprezar estas questões é trabalhar contra a verdade e contra os professores.
Nosso mandato popular na Assembléia Legislativa tomará posição e votará conforme a posição dos professores. O PLC não deve ser votado, pelo menos não da forma como está, porque é péssimo, porque desrespeita a luta histórica da categoria e não atende o desejo da sua maioria. Não é com coação e nem com enganação que se deve terminar esse movimento, pois não só os trabalhadores perderão com isso. Perderá a educação e o conjunto da sociedade. Todo nosso apoio aos professores em greve!
MÍDIAS DO BRASIL
Veículo: Portal Último Segundo
Editoria: Brasil
Assunto: Moradores reagem com violência abordagens de militares no Alemão
Moradores reagem com violência abordagens de militares no Alemão
Segundo a Procuradoria Militar, para efetuar as prisões, Exército usa spray de pimenta e munições não-letais
Informações da Procuradoria da Justiça Militar do Rio de Janeiro revelam que moradores do Complexo do Alemão, na zona norte, têm reagido com violência e xingamentos quando são abordados e revistados por tropas da Força de Pacificação do Exército, que ocupam o local desde dezembro.
E para efetuar as prisões, o militar, em muitos casos, faz uso de spray de pimenta e de disparos de munição não-letal (bala de borracha).
Segundo o órgão, nos últimos dez dias, foram oferecidas ao menos nove denúncias por desacato e desobediência aos militares, além de e resistência mediante ameaça ou violência. A Força de Pacificação ocupa os complexos do Alemão e da Penha desde o dia 4 de dezembro.
De acordo com promotores, a presença permanente de militares, as abordagens, as revistas geram, muitas vezes, o descontentamento de parte da população local, que considera as ações da Força de Pacificação uma restrição à liberdade.
Segundo a Procuradoria, a quase totalidade das situações que levaram à instauração de inquéritos tem a mesma sequência de fatos. Os casos ocorrem de madrugada e se iniciam como uma abordagem comum. Quando alguém resiste à revista, há o enfrentamento e xingamentos. O militar dá voz de prisão e, normalmente, o envolvido não aceita ser levado à delegacia.
As motivações para a abordagem dos militares são diversas: tumulto na frente de um bar; suspeito passando em beco escuro; suspeição de agressão; indivíduo urinando em logradouro público; acusado lançou espuma sobre o para-brisa da viatura; jogo de apostas em bar; ofensas verbais contra militares de patrulha.
Triagem
Em nota, a Procuradoria da Justiça Militar informou que, no caso específico da Força de Pacificação no Complexo do Alemão, composta por integrantes das Forças Armadas e policiais de outros órgãos, o promotor Luciano Moreira Gorrilhas, do Rio, sugere a triagem na atuação.
Na opinião do promotor, o Exército deveria ficar responsável pelos casos mais complexos, e os desvios de conduta, inerentes ao cotidiano de uma comunidade, ficariam a cargo da Polícia Militar e da Polícia Civil. Assim, segundo o promotor, poderiam ser evitados possíveis abusos de autoridade por parte dos militares das Forças Armadas, que são treinados para situações de confronto e não para o trato cotidiano com comunidades.
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Veículo: Portal R7
Editoria: Brasil
Assunto: Temer sofre tentativa de assalto,com arma de brinquedo
Temer sofre tentativa de assalto, com arma de brinquedo
Vice-presidente estava em carro blindado e a segurança estava armada com fuzis
Temer não chegou a prestar queixa da tentativa de assalto ocorrida em São Paulo
O vice-presidente da República, Michel Temer, sofreu uma tentativa de assalto, na noite do último dia 1º (sexta-feira), na Avenida Cidade Jardim, no bairro do Itaim Bibi, em São Paulo. Segundo informações da assessoria de imprensa do vice-presidente, a tentativa de assalto ocorreu quando ele se dirigia ao Aeroporto de Guarulhos para retornar a Brasília, no Distrito Federal.
O carro do vice-presidente era escoltado por mais dois veículos, que conduziam seguranças do Gabinete de Segurança Institucional (GSI). Ao parar em um semáforo, um homem se aproximou do veículo onde estava Temer e bateu em um dos vidros. Ele teria indicado, segundo a assessoria de imprensa, que portava uma arma.
O segurança que acompanhava o vice-presidente no veículo julgou a atitude suspeita e acionou os outros veículos. Os demais seguranças saíram dos carros e abordaram o homem, que prontamente largou o artefato que carregava. A suposta arma, segundo a assessoria de imprensa, era um revólver de brinquedo.
O vice-presidente não prestou queixa da tentativa de assalto. O veículo que transportava o vice-presidente era blindado e não estava identificado com placa oficial da Presidência da República.