CLIPPING
01 a 03 de outubro 2011
MÍDIAS DE SANTA CATARINA
Veículo: Diário Catarinense
Editoria: Polícia
Assuntos: Polícia Civil: o que atrapalha e o que deve melhorar
O que ainda atrapalha e o que deve melhorar
Falta crônica de pessoal e até de espaço para trabalhar contrastam com o novo disque-denúncia e as delegacias especializadas
Tão revoltante quanto ser vítima da criminalidade é procurar uma delegacia de polícia e saber que a sua queixa ou a sua denúncia servirão apenas para estatísticas. Atingida por defasagem salarial, número insuficiente de policiais e falta de viaturas, a Polícia Civil de Santa Catarina exige atenção prioritária do governo para recuperar o fôlego e dar ao cidadão o tão esperado combate ao crime.
O salário base de um agente de polícia é R$ 781,81. Na maioria das delegacias, falta espaço físico, os computadores são ultrapassados, o colete pode estar vencido, a viatura tem quase 200 mil quilômetros, a equipe de colegas é reduzida, desmotivada, sequer há sistema de rádio para se comunicar com colegas e pedir apoio em caso de emergência na rua.
Essa realidade ainda ameaça a Polícia Civil. Assim como a Polícia Militar, o principal problema está na quantidade de servidores. São 3,2 mil policiais civis, enquanto o ideal seria o dobro. A inclusão de mais policiais depende de aprovação do governador Raimundo Colombo.
A atual cúpula da polícia afirma que tem inovado com projetos e buscado a melhoria das condições com ações para os policiais e investimentos na área de inteligência. Acredita que, com a aprovação política de contratações e para reajustes salariais, as melhorias se tornarão significativas.
Enquanto elas não acontecem, o Sindicato dos Policiais Civis de SC marcou assembleia geral para o dia 27 deste mês, onde cobrará as reivindicações da categoria, entre elas o aumento salarial.
Ação dá fôlego, mas não resolve problema
– A nomeação de mais policiais dará fôlego, mas ainda não resolverá o velho problema de pessoal, a nossa principal dificuldade. Temos ainda a política de sair dos alugueis das delegacias, que é outro problema – avalia o delegado geral da PC, Aldo Pinheiro D’Ávila.
Ele destaca como pontos positivos a compra de 170 viaturas, 1,5 mil coletes, 500 pistolas e o investimento em internet. Para o delegado Alexandre Kale, diretor de Inteligência da PC, o recém criado site do disque-denúncia é uma aposta na busca por informações para desvendar crimes.
Kale garantiu que o sistema de rádios está sendo reinstalado e, futuramente, será todo digitalizado
Ele não estabeleceu prazo, mas informou que os rádios voltaram a ser usados, por enquanto, em seis cidades: Lages, Itajaí, Concórdia, Joinville, Tubarão e Caçador.
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Veículo: Diário Catarinense
Editoria: Visor
Assuntos: Novo complexo prisional
Indústrias para fins militares
Videomonitoramento urbano
FOI AO AR, PERDEU A VERBA
O governo do Estado pode, literalmente, pagar caro pela demora na escolha do local que receberá o novo complexo prisional. Depois da fuga em massa da Penitenciária de Florianópolis, onde 78 presos ganharam as ruas, Raimundo Colombo apressou-se em afirmar que tinha assegurado junto à União metade dos R$ 80 milhões necessários à construção da nova estrutura com capacidade para receber cerca de 2,2 mil detentos. Quatro meses se passaram e uma visita do ministro da Justiça a Santa Catarina, o projeto sequer foi encaminhado a Brasília.
Por um simples motivo: não há como elaborar um detalhamento sem, ao menos, bater o martelo sobre o terreno.
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O governo federal pretende anunciar, ainda neste ano, um programa para investimentos no sistema prisional. Outros quatros Estados passaram na frente de SC, porque já encaminharam seus respectivos projetos executivos. Enquanto isso, o Centro Administrativo trata o assunto do complexo como segredo de Estado. Não quer repetir o mico de anunciar um local e depois voltar atrás porque tratava-se de um banhado, como já aconteceu em Palhoça. Três secretários estão diretamente envolvidos no assunto: Milton Martini (Administração), Ada de Luca (Justiça) e Nelson Serpa (Procuradoria do Estado).
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Sob o comando do primeiro está a difícil tarefa de escolher o terreno. Ada responde pelo sistema prisional, e Serpa tem atuado como uma espécie de bombeiro. É que nos bastidores desenrola-se um intrincado jogo de interesses. O prefeito Ronério Heiderscheidt tem trabalhado abertamente para evitar que Sertão do Campo (foto acima), em Palhoça, seja a área indicada. Ele diz que a pressão pelo município tem o dedo de Ada. Apesar de ambos pertencerem ao PMDB, Ronério afirma que ela não o suporta por ter municipalizado a água enquanto o marido da secretária, Walmor de Luca, era presidente da Casan. No meio deste fogo cruzado, está Serpa tentando apaziguar os ânimos.
O governo, agora, passou a trabalhar com um Plano B. Hoje, já admite que outros municípios estão sendo analisados. As cidades de menor porte até veem com bons olhos o complexo prisional, porque representaria um salto na economia. O prefeito de Imaruí, no Sul do Estado, Amarildo Matos de Souza, encaminhou um ofício (reprodução acima) ao governo, detalhando até o que faria com os R$ 4 milhões de contrapartida. São José do Cerrito e Capão Alto, na Serra, também buscaram informações.
O problema é que o ano está acabando, não existe sequer um projeto no Ministério da Justiça e o prazo de onze meses para o novo complexo, por enquanto, não passa disso: uma promessa. É mais ou menos como aquele ditado usado na dança das cadeiras: foi ao ar, perdeu o lugar. No caso de SC, a verba.
VERDE-OLIVA
Uma comitiva de 26 oficiais superiores da Escola de Comando e Estado-Maior do Exército, do Rio de Janeiro, completou em Florianópolis, na última sexta, a visita de uma semana ao Rio Grande do Sul e Santa Catarina. Vieram conferir in loco as potencialidades estratégicas das indústrias para fins militares.
BIG BROTHER
Raimundo Colombo e o secretário da Segurança Pública, César Grubba, assinam, hoje, convênios com 31 municípios para instalação do sistema de videomonitoramento urbano.
O projeto, com investimento de R$ 5,7 milhões, prevê 354 pontos em Santa Catarina.
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Veículo: Diário Catarinense
Editoria: Geral
Assunto: Enchente de 1911
O que aprendemos com os erros
A enchente de 1911 completa um século de lições que o Vale ainda tenta absorver. A população trocou as margens alagáveis por morros que deslizam e o sistema de alerta é falho, mas a Defesa Civil está estruturada e barragens, ainda que insuficientes, protegem de impactos maiores
Aposentado há três décadas da função de operador da Usina Hidrelétrica do Salto, Fritz Mailer, 91 anos, ainda conserva caprichosamente na pastinha de ofício as folhas amareladas pelo tempo, com medições marcadas com canetas vermelha e azul, que fazia do Itajaí-Açu em períodos de cheia. Diariamente, às 7h, o técnico descia à margem do rio para conferir a altura das águas e telefonava aos colegas de oito bases no Vale do Itajaí para reunir dados sobre a quantidade de chuva e a força da correnteza. Informações preciosas que definiam as condições do acionamento das turbinas da usina.
Mas era em época de chuva forte que o anônimo operador se transformava no guru blumenauense. Durante 30 anos, as mãos de Mailer, que hoje não ostentam a firmeza de outrora, traçavam no papel as curvas de previsão da enchente para o município.
– Era um serviço voluntário. As pessoas e as rádios ligavam para mim para saber da previsão. Quando chovia muito, a gente fazia as curvas, considerando que daqui da usina, as águas levavam quatro horas para chegar ao Centro – recorda Mailer.
O conhecimento rendeu a ele o apelido de enchentólogo. Foi só em 1940 que começaram as medições periódicas do rio, na antiga Empresa Força e Luz. Mailer desenvolveu previsões para 28 enchentes. A última de que participou, já aposentado, foi a maior que registrou: em 1984, o pico chegou a 18,60 metros na usina e a 15,46 metros no Centro. Foi nesta época que meteorologistas substituíram os técnicos.
Governo ignorou cotas antigas
As barragens de Taió e Ituporanga foram executadas pelo Departamento Nacional de Obras e Saneamento (DNOS), que também projetou a estrutura de José Boiteux. Nos estudos da década de 1960, garantia que as três represas solucionariam as cheias, mas desconsiderou as marcas que o Rio Itajaí-Açu atingiu em 1880 (17,70 metros) e 1911 (16,90 metros), levando em conta apenas registros após 1931. Acreditava-se que as marcas mais altas nunca se repetiriam. O DNOS estimou, em 1976, que as barragens limitariam enchentes a 9,90 metros em Blumenau. As cheias de 1983 (com 15,34 metros) e 1984 (15,46 metros) provaram o contrário.
Fonte: Tese de doutorado de Beate Frank – Uma Abordagem para o Gerenciamento Ambiental da Bacia Hidrográfica do Rio Itajaí
Marcas da cheia
Na parede da Usina do Salto, duas plaquetas de bronze registram a altura que as águas de 1911 alcançaram. As marcas foram transpostas das casas das famílias Lukas (que apontou 20m de água) e Sachse (com 21m). As casas ficavam na margem esquerda do rio, oposta à da usina
O alento das barragens
A construção de barragens no Vale do Itajaí foi cogitada após a cheia de 1961. O governo federal criou um grupo de trabalho em 1965 para estudar a bacia do Rio Itajaí-Açu. O primeiro grande reservatório foi construído em 1973, em Taió, para conter a vazão do Rio Itajaí D’Oeste. Em 1976, foi concluída a Barragem Sul, em Ituporanga, que represa as águas do Rio Itajaí do Sul. Em 1992, a maior das barragens – com quase quatro vezes a mais de capacidade –, foi levantada em José Boiteux para controlar o fluxo do Rio Hercílio. Logo veio o impacto positivo. As cheias ocorriam, em média, uma vez a cada dois anos até a década de 1980. Nos anos 2000, só foram registradas em 2001 e 2008.
Mas a enchente de 9 de setembro de 2011 ressaltou a necessidade de ampliar as duas barragens mais antigas. Ambas transbordaram com a chuva no Alto Vale e não contiveram a inundação das cidades próximas. Conforme o Departamento Estadual de Infraestrutura (Deinfra), responsável pelas barragens, um estudo da Agência de Cooperação Internacional do Japão (Jica) pretende ampliar as estruturas de Taió e Ituporanga.
Previsão ainda é incerta
Em 1983, a Furb elaborou o Projeto Crise, para ações de monitoramento do clima, níveis de rios, modelos de previsão hidrológica e cartas de risco. Cinco estações telemétricas foram instaladas no Vale pelo Departamento Nacional de Águas e Energia Elétrica. O sistema de alerta de cheias foi o primeiro do Brasil. Mas a falta de investimento do governo federal na instalação de outras cinco estações enfraqueceu o projeto, que sofria sem verba para manutenção.
Desde 2009, o Centro de Previsão e Alerta de Cheias (Ceops), da Furb, firmou parceria com a Secretaria de Estado de Desenvolvimento Sustentável para a manutenção de 16 estações de telemetria, que medem o nível dos rios e quantidade de chuvas. A estrutura é moderna, mas desde julho, devido a problemas no sinal de telefonia celular, as informações coletadas não são enviadas à sede do Ceops. Os técnicos são obrigados a adotar a coleta manual de dados. O meteorologista Dirceu Severo afirma que um projeto para melhorar o sistema já foi apresentado ao Estado.
Profissionalização
Depois de 1911, a próxima cheia ocorreria somente em 1923, com 9,90 metros de pico. A população estava mais habituada ao fenômeno, mas os jornais da época publicavam reportagens contestando a falta de uma organização que transmitisse as informações meteorológicas e emitisse alertas. Em 1927, havia sistema de medição, mas os dados do Alto Vale só chegavam por telégrafo. Foi quando começou a despertar a necessidade de criar um órgão como a atual Defesa Civil.
– Em 1911, não havia barragens no Vale e a população não tinha o controle rigoroso do ciclo de cheias. Como as informações eram escassas, a população se sentia lesada pela falta de acompanhamento – conta a diretora do Departamento Histórico de Blumenau, Sueli Petry.
Na cheia de 1957, que atingiu 12,86 metros, uma Defesa Civil improvisada, com agentes das polícias Civil e Militar, Exército, Corpo de Bombeiros e os técnicos da antiga Empresa Força e Luz, atuou no monitoramento do rio e no socorro dos atingidos.
Uma lei estadual em 1984 designou a criação de um órgão estadual organizado. Quatro anos mais tarde, a prefeitura de Blumenau desenvolveu a Diretoria de Defesa Civil, com planos de resgate, abrigos e mapas das cotas de cheia.
Os deslizamentos
Depois da tragédia de 2008, que além da enchente de 11,52 metros registrou mais de 300 deslizamentos, a Defesa Civil foi elevada à categoria de secretaria municipal e passou também a fiscalizar obras em áreas de risco.
– Diante do tamanho do evento de 2008, o objetivo era dar autonomia à Defesa Civil para unir o trabalho de socorro à prevenção de catástrofes por meio da fiscalização – explica o prefeito João Paulo Kleinübing.
A prefeitura também criou a Diretoria de Geologia, para estudar o tipo de solo das áreas ocupadas em Blumenau e desenvolver estratégias para prevenir movimentações de terra e delimitar áreas habitáveis. Segundo Kleinübing, a intenção é transformar em breve o departamento em instituto, que fará também o monitoramento constante do solo.
Desde a primeira quinzena de setembro, a prefeitura passou a executar, com os técnicos do Ceops, a revisão das cotas de enchente para as ruas de Blumenau.
Soluções vêm do Japão
Após as enchentes de 1983 e 1984, uma comitiva de técnicos e engenheiros da Agência de Cooperação Internacional do Japão (Jica) veio ao Vale do Itajaí estudar as condições geográficas da região e projetar soluções para as cheias. Finalizado em 1988, o estudo conhecido como Projeto Jica propunha o alargamento do Rio Itajaí-Açu da nascente até a foz. Mas a principal proposta era a construção de cinco barragens, sendo duas delas em Trombudo Central e outras três em Benedito Novo, Apiúna e Botuverá. As medidas foram abandonadas porque se mostraram inviáveis devido ao impacto ambiental e social que causariam.
Desde maio do ano passado, os japoneses elaboram novo plano de contenção de cheias. Os primeiros resultados foram apresentados no início de setembro e apontam para a necessidade de ampliar o volume de barragens de Taió e Ituporanga, aumentar áreas de inundação natural, construir três pequenas represas, implantação de uma barragem em Botuverá, alargar e aprofundar o Rio Itajaí-Açu em alguns trechos, construir diques e desenvolver um canal para extravasar o rio na altura de Navegantes, que evitariam alagamentos em Itajaí.
Também estão previstas as remoções de moradores próximos às margens do rio e dos ribeirões Garcia e Velha, em Blumenau, e o fortalecimento do sistema de alerta. Todas as ações devem ser executadas em 20 anos e custarão R$ 2 bilhões. Ainda não há previsão de início da primeira etapa, que levará quatro anos e exigirá R$ 185 milhões.
– A população pensa que as medidas solucionarão o problema para sempre. Mas cada evento climático é um evento que pode ter desdobramentos novos. Apesar de eficiente, é importante saber que nenhuma medida é infalível – alerta o meteorologista do Ceops Dirceu Severo.
Como era feita a medição?
O primeiro ponto de medição do nível do Rio Itajaí-Açu foi implantado pelo colonizador Dr. Blumenau. Ficava no entroncamento com o Ribeirão Garcia, embaixo da ponte de ferro que havia ao lado do Biergarten. Em 1906, o ponto foi movido para a margem direita, próximo ao atual Mausoléu Dr. Blumenau, onde permaneceu até 1967.
Havia outros três pontos de medição: na Usina Hidrelétrica Salto (desde 1914), no extinto porto do Bairro Itoupava Seca (desde 1928, desativado em 1954) e no Centro, sob a Ponte Adolfo Konder (desde 1939, reinstalada na década de 1960 após as obras da Avenida-Beira Rio). A régua foi usada até 14h do dia 9 de setembro de 2011, quando a correnteza arrancou a base onde estava fixada.
Para unificar as medidas feitas por réguas diferentes e estabelecer um padrão para a cota de cheias em Blumenau, a equipe do Ceops reviu, na década de 1980, a tabela de medidas históricas, equiparando-a com as medições que vinham sendo feitas na régua da Ponte Adolfo Konder. A iniciativa permitiu a organização dos níveis máximos acima de 8,50 metros, marca em que começam a ser inundadas as primeiras ruas.
Você sabia?
Durante décadas, a prefeitura de Blumenau forneceu gratuitamente canoas para as ruas inundadas pela enchente. A medida reduzia faltas ao trabalho. Mas, devido ao crescimento populacional nas áreas inundáveis, os prejuízos se tornaram maiores e o transporte pela água perdeu importância.
Cheia pode se repetir
Um século depois, Blumenau não está livre de uma enchente como a de 2 de outubro de 1911. O engenheiro hidrometrista do Ceops Ademar Cordero calcula que bastaria chover 370 milímetros em dois dias sobre a Bacia do Rio Itajaí-Açu. Na enchente de 9 de setembro deste ano, quando o Itajaí-Açu alcançou 12,80 metros em Blumenau, choveu 230 milímetros em dois dias na bacia toda.
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Veículo: Diário Catarinense
Editoria: Geral
Assunto: Gerais
Radioamador ajuda em resgate no mar
Homem não sabia como pilotar a embarcação e pediu socorro pelo rádio
Um pescador catarinense que estava à deriva em alto mar, em São Francisco do Sul, no Norte de Santa Catarina, foi salvo graças à ajuda de um radioamador de Curitiba, no Paraná, na última sexta-feira.
O funcionário público paranaense Darci Ribeiro ouviu os pedidos desesperados do catarinense pelo rádio e, ao perceber que não era um trote, ajudou o pescador.
Os dois catarinenses saíram para pescar mariscos nas encostas. O dono do barco – o único a ter conhecimento sobre navegação – foi mergulhar e não conseguiu mais voltar à superfície.
Ao ver o corpo do amigo boiando, já sem vida, na Baía da Babitonga, em São Francisco do Sul, o pescador se desesperou. Além de não conseguir ajudar o colega a sobreviver, ele não tinha a menor ideia de como pilotar a embarcação. Para tentar ajuda, o homem acionou o rádio.
– Muitos radioamadores ouviram o pedido de socorro, mas como as pessoas costumam brincar pelo rádio, acharam que era mais um trote. Pelo tom de voz, de desespero, achei que era verdade. Na dúvida, liguei para o Copom – conta Darci.
“O barco não é meu e eu não sei o que fazer. Meu amigo está morto. Eu não sei ligar o barco, eu não sei fazer nada (…), eu não sei o que fazer. Por favor me ajuda, Jesus me ajuda, o meu amigo está ali boiando”, suplicava o pescador.
O funcionário público pegou informações sobre a localização do barco e as repassou à Polícia Militar, que acionou a Capitania dos Portos de Santa Catarina. Foram três horas e meia de conversa com Darci até que uma embarcação conseguiu fazer o resgate.
O corpo do dono do barco foi encontrado no sábado, próximo à Ilha da Paz, em São Francisco do Sul. A família não autorizou a divulgação do nome dos dois pescadores. A Capitania vai investigar o acidente.
Oito mortos no fim de semana em SC
Das ocorrências que resultaram em óbitos, três foram atropelamentos
Santa Catarina teve mais um final de semana violento nas estradas. Pelo menos oito vidas foram perdidas em acidentes de trânsito de sexta-feira à noite até o fim do domingo.
O que mais chamou a atenção foi o grande número de atropelamentos. Dos oito casos, dois envolveram pedestres atropelados e um motoqueiro foi atingido ao cair da moto.
Um dos atropelamentos ocorreu na rodovia SC-403, no Bairro Ingleses, em Florianópolis, às 23h50min de sexta-feira. O pedestre Ironi Pereira Castro, 46 anos, não resistiu e morreu ainda na rodovia próximo ao kartódromo após ser atropelado por um motociclista.
A Honda CB 300 R, com placas de Tangará, era conduzida por Junior Cesar Paiva, 28 anos, que teve ferimentos leves. A vítima era natural de Bagé, Rio Grande do Sul.
Jogador morre afogado em rio
Elder Dorvalino da Cruz tinha 17 anos e era goleiro do time juvenil do Imbituba
O goleiro do time juvenil do Imbituba Elder Dorvalino da Cruz, 17 anos, que morreu afogado após mergulhar com amigos na Lagoa de Ibiraquera, em Imbituba, no Sul do Estado, será sepultado hoje pela manhã na cidade de São Ludgero.
Elder havia jogado na sexta-feira, quando o Imbituba perdeu a partida por 2 a 1 para o Joinville, em Joinville, no Campeonato Estadual da categoria.
Na noite de sábado, aproveitou a folga do fim de semana para se divertir com alguns companheiros de equipe em uma boate na localidade de Ibiraquera. Como não haviam conseguido carona para retornar ao alojamento do clube, em Imbituba, Elder, o atacante Ronaldinho, o meia Diogo e o lateral-direito Dener decidiram ir embora a pé. Ao passarem na ponte sobre o canal que liga o mar à lagoa, já nas primeiras horas da manhã, pararam para dar um mergulho. Todos os quatro se jogaram na água e o goleiro era o único que não sabia nadar.
De acordo com o presidente do Imbituba, Robertinho Rodrigues, a correnteza arrastou o rapaz e os amigos não conseguiram audá-lo.
– Os outros meninos até que tentaram, mas como o Elder tinha um porte físico grande não conseguiram tirá-lo de lá – explica.
A vítima foi localizada pelo Corpo de Bombeiros no mesmo lugar onde se afogou, só que em uma parte mais funda da lagoa, e encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML) de Laguna.
Na parte da tarde, o corpo do jogador, nascido em Orleans, foi levado para o velório em São Ludgero, onde vive a família dele.
Comando promete intensificar a greve
Os bancários prometem intensificar em todo o país, a partir de hoje, a greve deflagrada na semana passada. O presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro, Carlos Cordeiro, disse que os grevistas querem quebrar “a intransigência dos bancos públicos e privados”. Os trabalhadores entraram em greve após rejeitar a proposta de reajuste de 8% sobre os salários – eles reivindicam reajuste de 12,8%.
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Veículo: Diário Catarinense
Editoria: Geral
Assunto: Moradores desmontam passarela
Moradores desmontam passarela
Moradores da Praia do Campeche, no Sul da Ilha, em Florianópolis, fizeram o segundo protesto contra a construção de uma passarela nas dunas, em área de preservação permanente (APP), na tarde de sábado.
Mais de 200 pessoas com faixas e cartazes mostraram sua indignação com as concessões das licenças ambientais da Fundação do Meio Ambiente (Fatma) e da prefeitura para a construção da passarela. Os moradores retiraram a maior parte do deque de 350 metros, construído pelo condomínio Essence.
A passarela começa no condomínio e terminava quase na beira do mar, passando pelo caminho dos pescadores. A construção ficava perto do lugar onde era o tradicional bar do seo Chico, ponto de encontro durante 40 anos, demolido por não ter licença ambiental, em julho de 2010.
– Eles (condomínio) privatizaram a praia. Ninguém quer a passarela porque está em cima de APP. Se o bar do seo Chico, que era um ponto de encontro muito tradicional da comunidade, foi retirado, por que a passarela pode ficar? O próprio Essence já está em APP e é uma agressão ao ecossistema – afirmou Carmen Garcez, coordenadora do Instituto Sócio Ambiental Campeche.
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Veículo: Diário Catarinense
Editoria: Cacau Menezes
Assunto: Nova penitenciária
Assessoria de Imprensa na segurança pública
Sorteio de presos
Município nenhum de Santa Catarina quer receber a ova penitenciária a ser construída para substituir o presídio de Florianópolis. O prefeito de Palhoça dá pulo de metro e meio quando ouve falar que o complexo pode ficar na sua cidade. Então, só tem uma solução. Colocam-se os nomes dos 293 municípios catarinenses numa urna, agita-se bem e tira-se um sortudo. Na cidade “ganhadora”, constrói-se a nova penitenciária. Há municípios tão pequenos no Estado que a população carcerária pode ser maior do que o número de habitantes.
Monografia nota 10
Jornalista João Carlos Mendonça Santos, da assessoria de imprensa da Secretaria da Segurança Pública, teve sua monografia aprovada com nota máxima no curso de gestão em Segurança Pública da Unisul. A pesquisa analisou o segmento de assessoria de imprensa na área de segurança pública, e sugeriu um modelo ideal para os gestores da SSP. A banca era formada pelos professores mestres Paulo Calgaro de Carvalho e Aloísio José Rodrigues, que deram nota 10 para o desempenho do aluno.
A meta agora, diz Mendonça, é tirar o projeto do papel e colocá-lo em prática.
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Veículo: Diário Catarinense
Editoria: Diário do Leitor
Assuntos: Sobre reportagem das policias
SC-405
SOBRE O DC
No DC de domingo (02/10), mais uma tentativa de denegrir a imagem das polícias na reportagem que mostrou a foto de uma viatura com policiais sem o cinto de segurança. Em minha opinião, existe assunto mais importante para preencher as páginas. Cinto de segurança em países civilizados não exige obrigatoriedade de uso, pois sua utilização é fruto da consciência do motorista em proteger sua vida.
Rodrigo Yazbek – Agente de Polícia Civil
SC-405
Parabéns à PMRv de SC pela atitude, ainda que paliativa, para melhorar a mobilidade na rodovia. Por que não melhorar em definitivo? Bastaria somente ocupar as laterais que seriam para o acostamento e fazer a 4ª faixa. Aos lados far-se-ão calçadas normais. Com ocupação de mais de 75% ao longo da via, ela deixará de ser uma rodovia estadual e passará a ser uma avenida urbana.
Valmir H. Piacentini
Florianópolis
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Veículo: Diário Catarinense
Editoria: Moacir Pereira
Assunto: Avaliação governo Colombo
Saúde: maior desafio
As pesquisas dos institutos Ibope e Mapa identificaram o setor saúde como maior problema vivido pela população dos três maiores municípios catarinenses e o principal desafio dos governantes. Embora os números reflitam consultas de dois institutos diferentes, com metodologias próprias, os índices saltam aos olhos para revelar que o sofrimento da população, em especial, dos mais carentes, continua a se agravar.
Joinville é a cidade que tem a realidade mais dramática, com 47,2% da população – quase a metade – vivendo com este dilema e pedindo ações concretas. Lá distante surgem a segurança pública (6,6%) e as drogas (5,8%). A educação vai bem. Está na sétima posição, com 4,8%. Na sequência, vem Florianópolis, com 28%, na indicação popular apontando para o maior problema. Computados os três maiores, o índice pula para 64%, o que reforça o terrível diagnóstico. Segurança está próximo, com 20%, na única identificação, e 58% nas três prioridades. Educação melhor, em quarto, com 10%. Blumenau está em terceiro, com 21%, mas também distanciado dos demais. O desafio ali são as enchentes (15%) e a falta de calçamentos e de educação (10%). Pelo visto, a segurança melhorou, pois surge com 5,5%.
Dos três prefeitos, a melhor média é de João Paulo Kleinübing (PSD), com 5,3%. Em segundo, Dário Berger (PMDB), com 5%. E, em terceiro, com uma reprovação histórica e uma fantástica rejeição eleitoral dos eleitores (72%), está Carlito Merss(PT), de Joinville, com ridículos 3%.
Na avaliação geral, de novo João Kleinübing. Ele conta com 50,3% de aprovação e 37,4% de desaprovação. A população de Florianópolis reprovou Dário Berger com 53% de desaprovação e 41% de aprovação. O recordista aqui também é Carlito Merss – 84,7% dos joinvilenses reprovam o prefeito petista, contra apenas 13,8% de aprovação.
COLOMBO E DILMA
As pesquisas revelaram uma situação singular nestas cidades, faltando um ano para as eleições e, portanto, com cenários que sofrerão mudanças. Os candidatos preferenciais, hoje, são adversários dos governos municipais. Angela Amin (PP) lidera com folga em Florianópolis. Darci de Matos e Kennedy Nunes, do PSD; e Udo Döhler, do PMDB, são oposição em Joinville. E Décio Lima e Ana Paula, do PT, os oponentes de Kleinübing em Blumenau.
A avaliação de prefeitos, governador e presidente é amplamente favorável a Dilma Rousseff. Tem a melhor média, com 6,4 em Joinville, contra 6,2% de Colombo também naquela cidade. Mas é em Blumenau que a presidente tem as melhoras notas, com 13% ótima, 38,4% boa e 27,6% regular, o que lhe garante média 6,3.
O governador Raimundo Colombo tem os piores índices em Florianópolis, com média de 5,6. Blumenau conferiu-lhe média 6. Para um governo que enfrentou sérios problemas climáticos, a histórica greve da educação e adversidades internas, o resultado é considerado positivo.
Os excelentes índices da presidente Dilma Rousseff em Blumenau são resultantes das ações do governo federal no Vale do Itajaí. A população mostra-se reconhecida com as decisões do Planalto. Primeiro, a decisão de instalar uma universidade federal na região. O ato inicial veio após visita com a chegada da UFSC. Mas há convencimento de correligionários e aliados que o natural será a incorporação da Furb. Vieram depois as enchentes e a pronta ação do governo federal. A liberação dos recursos emergenciais foi ágil e agora as novas medidas reanimam a população de todo o Vale. A faxina aplicada nestes primeiros meses de governo também deve ter influenciado nos ótimos números.
– Retornaram com plena carga, nos bastidores, especulações de que o professor Ubiratan Rezende está com a mala pronta para retornar a Naples (EUA). O artigo que assinou há dias é visto como despedida do governo do Estado.
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Veículo: Diário Catarinense
Editoria: Polícia
Assunto: Dono de casa noturna depõe hoje
Dono de casa noturna depõe hoje
Flávio Guimarães é acusado de omissão de socorro no caso das mulheres agredidas por estudante de Medicina em 2010
O empresário Flávio Guimarães Júnior, dono da extinta casa noturna Vecchio Giorgio, na Lagoa da Conceição, depõe hoje à Justiça, pela primeira vez. Ele falará sobre o caso do estudante de medicina que bateu em três mulheres no seu bar, em novembro do ano passado. O empresário negou ter culpa no que aconteceu.
A audiência começa às 14h15min, no Fórum do Norte da Ilha, onde corre o processo. O Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) acusa Flávio Guimarães de ter omitido socorro à principal vítima do caso, que é empresária.
No dia 21 de novembro de 2010, ela sofreu afundamento da parte frontal do crânio depois de levar um soco do estudante de medicina da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Lucas Costa Felicíssimo, no Vecchio Giorgio.
O dono da casa noturna, que não mora mais na Capital, nega omissão.
– Jamais neguei socorro a ela, pelo contrário. Chamei a polícia e a emergência para a vítima. A única coisa que eu fiz foi não ter deixado o bandido ser linchado pelos outros clientes. Achei que era o certo a fazer, evitar outra catástrofe – afirmou Flávio, que, depois de seis meses do caso fechou o bar.
O advogado da vítima, Claudio Gastão da Rosa Filho, afirma que depois de ser agredida pelo estudante, ela foi impedida por Flávio Guimarães de sair da casa noturna sem antes pagar a comanda.
– Isso nunca aconteceu. Não só não impedi a vítima e seus amigos de saírem como os liberei de pagar o consumo. Tenho as comandas para prova. Coloquei um segurança na porta para impedir que os outros clientes que não tinham relação alguma com o caso, saíssem sem pagar – disse Guimarães.
Portas fechadas meses depois do episódio
Segundo ele, a agressão destruiu o negócio. Especialmente nas redes sociais, houve campanha informal para que as pessoas não fossem mais àquela casa noturna.
– Este episódio arruinou a minha vida. Tive que vender a boate, que ia muito bem, para pagar as dívidas que tive com seis meses de casa vazia. Que culpa eu tenho? – questiona o empresário.
O MP entrou também com duas ações contra o estudante Lucas Felicíssimo. Um deles é por tentativa de homicídio. O agressor, testemunhas de defesa e acusação dessa ação já foram ouvidos.
Nascido em Minas Gerais, Felicíssimo responde também por lesão corporal pela garrafada que deu em outra cliente da casa. A terceira vítima levou um empurrão do estudante.
A reportagem não conseguiu localizar o estudante Lucas Felicíssimo nem o advogado dele.
CLAUDIO GASTÃO DA ROSA FILHO – Advogado de uma das vítimas”Depois da agressão, a empresária foi impedida pelo Flávio de sair da casa noturna sem pagar a comanda”.
FLÁVIO GUIMARÃES – dono do Vechio Giorgio
“Isso nunca aconteceu. Eu ainda liberei a vítima e seus amigos de pagar o consumo. Tenho as comandas”.
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Veículo: Diário Catarinense
Editoria: Polícia
Assunto: Tensão em duas cadeias
Tensão em duas cadeias
Em duas unidades prisionais de SC, houve problemas com segurança neste final de semana
Na madrugada de sábado, em São Francisco do Sul, oito presos tentaram fugir da Unidade Prisional Avançada (UPA), a tentativa de fuga ocorreu por volta das 3h20min. Segundo a PM, agentes chamaram reforço assim que perceberam que oito presos haviam serrado as grades de celas. Para contê-los, os agentes usaram balas de borracha.
Um dos presos, de 20 anos foi atingido no supercílio. Ele foi levado a um pronto-socorro e depois ao hospital São José, em Joinville, para fazer curativos e exames. O hospital não informou o estado de saúde do preso. Segundo a PM, após a tentativa de fuga ser contida, houve revistas nas celas e a situação foi normalizada.
A outra ação em cadeias foi em Balneário Camboriú. O princípio de rebelião também aconteceu no início da madrugada de domingo. Os presos gritavam e batiam nas grades. O motivo seria chamar a atenção para ajudar um detento que estaria passando mal.
O preso foi escoltado até o Hospital Santa Inês. Não houve registro de fugas, e outros detentos também não se machucaram, segundo a polícia.
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Veículo: Diário Catarinense
Editoria: Polícia
Assunto: Tensão em duas cadeias
Droga em morro da Capital
Três homens foram presos e dois adolescentes apreendidos em flagrante por tráfico de drogas e associação no Morro do 25, em Florianópolis. Segundo informações do 4º Batalhão de Polícia Militar, que realizou a operação, também foram apreendidos um quilo de cocacína, 12 quilos de maconha, uma pistola calibre 9 milímetros e outros materiais para a confecção dos entorpecentes, que estavam nos fundos de um bar utilizado como depósito do crime.
PM fica ferido em discussão entre vizinhos
Uma briga entre vizinhos terminou em prisão na noite de sábado em Chapecó. O motivo: o volume do som em uma das casas.
A Polícia Militar foi chamada por volta de 23h30min na Rua Videira, Bairro Belvedere, após um morador reclamar do barulho na casa do vizinho. Um adolescente de 15 anos estaria ouvindo som muito alto.
Os policiais, ao tentar conversar com o jovem, foram surpreendidos por um homem de 26 anos, que mandou a equipe sair. Uma mulher de 25 anos saiu da casa e começou a apedrejar a residência do vizinho e a ofender os moradores. Os PMs tentaram prender a mulher, mas várias pessoas saíram da casa e conseguiram soltá-la. Um dos homens tinha uma faca e feriu um dos policiais.
Outras viaturas foram acionadas e cinco pessoas acabaram detidas.
PM fica ferido em discussão entre vizinhos
Uma briga entre vizinhos terminou em prisão na noite de sábado em Chapecó. O motivo: o volume do som em uma das casas.
A Polícia Militar foi chamada por volta de 23h30min na Rua Videira, Bairro Belvedere, após um morador reclamar do barulho na casa do vizinho. Um adolescente de 15 anos estaria ouvindo som muito alto.
Os policiais, ao tentar conversar com o jovem, foram surpreendidos por um homem de 26 anos, que mandou a equipe sair. Uma mulher de 25 anos saiu da casa e começou a apedrejar a residência do vizinho e a ofender os moradores. Os PMs tentaram prender a mulher, mas várias pessoas saíram da casa e conseguiram soltá-la. Um dos homens tinha uma faca e feriu um dos policiais.
Outras viaturas foram acionadas e cinco pessoas acabaram detidas.
15 pessoas feitas reféns
Uma loja de jet skis e lanchas foi assaltada na manhã de sábado em São José, por volta das 10h30min. Dois assaltantes invadiram o estabelecimento, às margens da BR-101, e renderam os 15 clientes que estavam no local, além de um dos donos da loja.
Conforme o agente de polícia Alexandre Lima, da Central de Polícia de São José, a dupla, que aparentava ter entre 25 e 30 anos, trancou as vítimas no almoxarifado. Um dos assaltantes agia com violência: dava tapas no rosto dos clientes. Joias, carteiras e celulares foram roubados.
A polícia foi chamada por um dos donos da loja, que conseguiu escapar pela saída dos fundos. Quando os policiais chegaram, os ladrões já haviam fugido. Até ontem à noite, os suspeitos não tinham sido identificados.
Estudante morta por professor é enterrada
Foi enterrada ontem à tarde a estudante de Direito Suênia Sousa Faria, 24 anos. Ela foi morta com três tiros pelo ex-professor Rendrik Vieira Rodrigues, 35, na sexta-feira passada. Ele continua preso em Taguatinga (DF). Os dois tiveram um relacionamento por cerca de um ano e terminaram há três meses. Após atirar três vezes contra a ex, ele levou o corpo dela até a delegacia, onde foi preso. Segundo o delegado Alexandre Nogueira, Rodrigues não aceitava a separação e vinha ameaçando Suênia.
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Veículo: Diário Catarinense
Editoria: Polícia
Assunto: Projeto prevê remanejamento de policiais dos gabinetes para as ruas do entorno da Alesc
Projeto prevê remanejamento de policiais dos gabinetes para as ruas do entorno da Alesc
Número de policiais nas assessorias é quase o dobro do contingente do 4º Batalhão da PM
Policiais podem deixar os gabinetes para reforçar policiamento na praça Tancredo Neves
Uma parceria entre os órgãos de segurança pública e poder legislativo do Estado pretende remanejar os Policiais Militares que trabalham dentro da Assembleia Legislativa para fazerem o policiamento no entorno do Centro Cívico Tancredo Neves, antiga praça da Bandeira. O pedido da população para que os policias deixassem os gabinetes e partissem para as ruas é antigo, e já foi motivo de polêmica na cidade. O custo do projeto vai superar os R$ 300 mil e ainda não tem prazo para implantação.
O Programa de Segurança Pública no Entorno da Alesc (Assembleia Legislativa de Santa Catarina) prevê o policiamento ostensivo entre as ruas Silva Jardim, Bulcão Viana, Hercílio Luz e avenida Gustavo Richard. Seriam pelo menos 46 policiais no perímetro, em escalas. O treinamento dos policiais estava marcado para iniciar no dia 30 de agosto deste ano, mas não aconteceu. O programa é assinado pelo coronel Paulo Henrique Hemm, chefe da Casa Militar da Alesc. “O projeto ainda está em estudos, não temos certeza se será implantado ou não, temos que analisar as condições”, comenta o coronel Hemm.
O coronel chefe da Casa Militar concorda com o custo elevado do projeto, R$ 322 mil, mas argumenta que os valores se justificam pelo aumento dos níveis de segurança para a cidade.
Nos dias 3 e 4 de agosto deste ano, o Notícias do Dia publicou a reportagem “Ruas vazias, gabinetes lotados”, sobre a realidade da guarda nos prédios públicos da Capital. Enquanto 410 policiais militares trabalham nas assessorias, 579 são cuidam da segurança dos mais de 420 mil habitantes. Os policiais lotados nas assessorias, além de cumprirem escala de trabalho mais confortável, recebem bonificações que podem ultrapassar R$ 4 mil, enquanto os que trabalham ostensivamente recebem apenas o fixo (soldo).
Comunidade quer polícia nos bairros
No início do ano, o comandante geral da Polícia Militar, coronel Nazareno Marcineiro, usou a tribuna da Câmara de Vereadores para manifestar a vontade de reduzir o número de policiais nas assessorias e realocá-los nas ruas da cidade. Na última terça-feira, entidades, associações e moradores da Grande Florianópolis participaram de uma audiência pública no auditório da Alesc cobrando mais investimentos em segurança.
Carlos Thadeu Pires, presidente da Amecon (Associação dos Conselhos de Segurança), que também foi organizador da audiência de terça-feira na Alesc, diz que a vontade de diminuir o número de policiais militares nas assessorias é uma reivindicação antiga, porém discorda do Programa de Segurança Pública no Entorno da Alesc. “Queremos sim que os policiais militares voltem para as ruas, mas não só para o entorno da assembleia, mas para todas as regiões da cidade”, argumenta Thadeu. Para ele, o problema que a segurança pública da cidade enfrenta é um problema de gestão.
Por telefone, o presidente da Alesc, Gelson Merísio (PSD), não quis se manifestar sobre o projeto que prevê o remanejamento de policiais militares. “Nada está definido, quando tivermos uma posição irei me pronunciar”, limitou-se. Na próxima terça-feira, ele deve se reunir como o comando da PM e o governo do Estado para detalhar os próximos passos do projeto.
Só entre janeiro e maio, na região onde estuda-se implantar o programa, foram registradas 372 ocorrências policiais.
Enquanto o número de policiais nas assessorias é quase o dobro do contingente do 4º Batalhão da PM, responsável pelo policiamento na maior parte da cidade (central, sul e leste), postos policiais e bairros em todas as regiões continuam sofrendo com o déficit de pessoal.
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Veículo: Notícias do Dia
Editoria: Segurança
Assunto: Governo do Estado vai gastar mais de R$ 5 milhões em segurança eletrônica
Governo do Estado vai gastar mais de R$ 5 milhões em segurança eletrônica
Convênio prevê instalação de 354 câmeras de vigilância no Estado. Será que vai ter gente para monitorá-las? Na capital há falta de pessoal.
O governador Raimundo Colombo e o secretário da Segurança Pública, César Augusto Grubba, assinam nesta segunda-feira convênios com 31 municípios catarinenses para instalação do sistema de videomonitoramento urbano. O projeto tem um investimento global de R$ 5.701.200,00, recursos das secretarias de Estado da Segurança Pública e Turismo, Cultura e Esporte, e prevê a instalação de 354 pontos de monitoramento em Santa Catarina. A assinatura dos convênios acontece no Teatro Pedro Ivo Campos, a partir das 14h30min com a presença de autoridades estaduais, prefeitos e convidados. As 31 cidades que receberão os equipamentos se somam a outras 18 que já contam com sistema de videomonitoramento urbano. Hoje o Estado possui 550 câmeras em funcionamento e a meta da SSP, é de que até o final do ano, Santa Catarina contabilize mais de 1,2 mil pontos de monitoramento. Resta saber se vai ter gente para minitorar as câmeras de vigilância. Na Capial há falta de pessoal.
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Veículo: Notícias do Dia
Editoria: Hélio Costa
Assunto: Tenente-coronel Ramlow
Chumbo grosso
O tenente-coronel Newton Ramlow, que assumiu recentemente o 24º BPM (Biguaçu) avisa que não vai dar moleza para a malarada ruim que anda agindo na região. Na primeira semana, o oficial já tirou de circulação uma quadrilha que vinha invadindo casa de trabalhador. Newton levantou está levantando a ficha da malarada ruim e avisa que vem chumbo grosso.
BLOGS
Paulo Alceu
Conseqüências de um julgamento
Esta semana, ou seja, amanhã, caso não for adiado novamente, acontecerá no TSE o julgamento do prefeito Dário Berger. Ele pode ser cassado. Há essa possibilidade real, até porque casos semelhantes de prefeito itinerante perderam os mandatos. Desde que foi incluído na pauta do Tribunal várias manifestações surgiram e muitas delas contestando não o motivo do julgamento, mas o momento, ou seja, praticamente um ano antes de encerrar sua gestão, depois de ter sido reeleito. Mas chama a atenção que essas manifestações estão restritas ao universo político e politiqueiro, mas longe de movimentos populares ou reações contrárias da sociedade. Atrevo-me a dizer que muita gente nem sabe exatamente o que está acontecendo e os que sabem não estão dando a real importância. Será uma semana decisiva, inclusive, para o vice-prefeito João Batista Nunes que ingressou o PSDB sonhando na titularidade em 2012. Cassado com Dário e barrado no STF amargará um período inelegível, e os tucanos voltarão a estaca zero. A estratégia de Dário está no STF, pois o sentimento é de que no TSE a derrota está anunciada, embora a esperança se mantém firme. São vários os cenários que o TSE proporcionará com sua decisão. Cassado e mantido no cargo por tribunais superiores não deixa de ser um desgaste. Fora do cargo poderá apresentar-se como vítima. O pior será a chegada de um adversário na administração municipal , no caso o presidente da Câmara Jaime Tonello, “bisbilhotando “ as contas. Chama a atenção, também, que o PMDB partido de Dario, que está filiando hoje com pompas e circunstância o irmão dele, Djalma Berger, não se manifestou oficialmente e publicamente em defesa do prefeito da Capital. Até parece que tem gente torcendo para que se dê mal…
Moacir Pereira
Encontro Nacional de Militares em SC
A Secretária Nacional de Segurança Pública, Regina Miki, e o Deputado Estadual Mendonça Prado, que é Presidente da Comissão de Segurança Pública, estarão em Florianópolis na próxima semana. Participarão Encontro Nacional de Entidades Militares Estaduais e do 5º Encontro de Militares Estaduais, nos dias 6 e 7 e outubro, no Centreventos de São José.
Tendo como temas principais “Remuneração e Previdência dos Militares Estaduais”, a programação conta ainda com palestra de Ibsen Pinheiro, Procurador da Justiça e Deputado Constituinte, e de Jair Soares, ex-Governador do Rio Grande do Sul e ex-Ministro da Previdência. Além disso, um painel com as Polícias Militar de Goiás, do Paraná e do Mato Grosso do Sul debaterá o subsídio para os militares estaduais. O evento terá também a participação do americano Wayne Hovland, chefe da Polícia de Chicago, que vem dos Estados Unidos para falar sobre sua experiência no controle do uso de drogas por policiais da Polícia de Chicago.
A primeira pesquisa
Números esperados, dados surpreendentes e avaliações pertinentes sobre os problemas das três principais cidades de Santa Catarina e as que realizam eleições em dois turnos evidenciam as primeiras pesquisas Ibope em Florianópolis, e Mapa em Joinville e Blumenau, que estão sendo divulgadas pelos veículos do grupo RBS.
Dentro do previsto. a liderança absoluta da ex-deputada federal Angela Amin(PP), na Capital. Sua agitada agenda política das últimas semanas indicava a disposição de concorrer em 2012. Certamente tinha estes sinais em consultas internas. Lidera em todas as simulações – e com folga. A conferir se os estes números são resultado do “recall”, da forte lembrança do nome por ter disputado o governo há um ano. Ou se resulta de prestígio politico e popular pelas duas gestões, pela atuação parlamentar e pela biografia imaculada, numa conjuntura recheada de denúncias de corrupção e desencantos sucessivos com a classe politica. Se for mesmo candidata terá um obstáculo: o alto índice de rejeição, presente em vários cenários e categorias.
As preferências seguintes por Cesar Sousa(PSD) e Angela Albino (PCdoB) também estão dentro do previsto.
Inesperados são os dados sobre a altíssima rejeição do deputado Paulo Bornhausen, que nem candidato é, os pífios índices do presidente estadual do PT José Fritsch. E, sobretudo, a avaliação da gestão Dário Berger. É o pior desempenho das últimas décadas na história de Florianópolis, com desaprovação de 53% e a indicação de que 61% não confiam no alcaide. Entre os principais problemas detectados pela população lá estão eles novamente confirmando o noticiário: saúde, educação, segurança pública e mobilidade urbana.