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22 de fevereiro de 2012
MÍDIAS DE SANTA CATARINA
Veículo: Diário Catarinense
Editoria: Visor
Assunto: Número de pessoas no carnaval
Objetos na DP de Palhoça
QUESTÃO DE SEMÂNTICA
Provocado pela discussão sobre o número de pessoas que teriam passado pela Praça XV, no sábado, tenente-coronel PM Araújo Gomes resolveu ir a fundo no debate. Mas com base em dados científicos. Vai propor à UFSC parceria para desenvolver uma ferramenta para apontar com mais precisão a capacidade de público nos principais espaços de eventos da cidade.
Sobre as 130 mil pessoas estimadas na Praça XV, sábado, Gomes diz que este número é com base no cálculo de gente que “passou” por lá ao longo do dia e não “concentrados” em um único horário. Apenas uma questão de semântica. Na foto, a “sala de guerra” montada no 4º Batalhão para traçar a estratégia de atuação dos quase 500 homens que trabalharam no policiamento da Capital.
COISARADA
Dá só uma olhada na quantidade de objetos recuperados na DP de Palhoça que estão à espera dos seus donos. Tem de televisão de LED a capacete e documentos. A sala está praticamente lotada.
____________________________________________________________________________Veículo: Diário Catarinense
Editoria: Geral
Assunto: Plano contra as cheias
Primeiras ações para o plano contra cheias
Governo anuncia projetos que integram pacote de R$ 2 bilhões em trabalhos de prevençãoO governo do Estado anuncia hoje projetos para obras de R$ 135 milhões que integram pacote de R$ 2 bilhões em ações preventivas contrea enchentes no Vale do Itajaí. As assinaturas de editais começam a ser firmadas a partir de amanhã, quando o governador Raimundo Colombo mostrará o Plano Diretor completo à população e às autoridades de Itajaí, Blumenau e Rio do Sul.
O governador acredita que apresentar o plano é uma forma de tornar transparentes as ações previstas.
– Nosso objetivo é implantar essas medidas de forma gradual, mas constante, garantindo cada vez mais a segurança e a tranquilidade aos moradores do Vale do Itajaí – observa.
Serão assinados três editais para contratação de projetos de engenharia – todas na Bacia do Rio Itajaí, que abrange 53 municípios: um para sobrelevação das barragens de Taió e Ituporanga, outro para construção de comportas no Rio Itajaí-Mirim e, o terceiro, para a compra de radar meteorológico, capaz de informar qual cidade será a mais atingida com até três horas de antecedência, além de mapear as áreas de risco de inundações e de escorregamentos.
Ações foram sugeridas por uma agência japonesa
As três ações custarão R$ 135 milhões. O plano completo compreende medidas estruturais e não-estruturais, como a retirada de moradores em áreas de risco de deslizamentos e enchentes. O valor de implantação é de R$ 2 bilhões.
Ele foi dividido em duas etapas, a primeira tem projetos para conter cheias menores com período médio de recorrência de 10 anos. A segunda, envolve obras para prevenir e amenizar enchentes de médio e grande porte, que ocorrem, geralmente, em intervalos de 25 a 50 anos. Esta é a fase mais cara e custará cerca de R$ 1,5 bilhão. De acordo com o secretário de Estado da Defesa Civil, Geraldo Althoff, o cronograma de execução será conhecido hoje.
O projeto de prevenção foi feito por japoneses da Agência de Cooperação Internacional (Jica) e apresentado em setembro de 2011 à Defesa Civil do Estado. As obras e as medidas traçadas só não seriam suficientes para evitar estragos como os causados pela enchente de 1983, no Vale do Itajaí.
A equipe já tinha feito estudo semelhante em 1988. Após as grandes enchentes da década de 1980 no Vale do Itajaí, o governo estadual também pediu um projeto da Jica. As medidas nunca saíram do papel por falta de recursos e devido ao impacto social e ambiental que causariam. Naquela época, foram sugeridas construções de cinco barragens.
____________________________________________________________________________ Veículo: Diário Catarinense
Editoria: Geral
Assunto: Trânsito em SC
Dois dias de muito trânsito em Santa Catarina
O trânsito deve ser intenso nas estradas catarinenses nesta Quarta-feira de Cinzas. A recomendação para os motoristas é atenção e paciência. Polícia Rodoviária Federal (PRF) e Polícia Militar Rodoviária (PMRv) preveem que o movimento diminua apenas a partir do fim da tarde de hoje. Nas estradas federais, os trechos de maior atenção são a BR-101, de Balneário Camboriú a Itapema e de Laguna a Tubarão. Nesses pontos, os congestionamentos chegaram a 10 quilômetros em cada um. Para o chefe do núcleo de comunicação da PRF, Luiz Graziano, o trecho de Balneário exige cuidado redobrado por ter várias saídas, um tráfego intenso e um fluxo de pedestres. No trecho Sul da BR-101, os motoristas devem ter atenção pelo grande fluxo de quem vai para o Sul e pela alternância entre pistas simples e duplicadas. Neste feriado, foram registradas pelo menos 11 mortes nas estradas catarinenses. A Operação Carnaval 2012, da PRF, termina à meia-noite de hoje.
Trânsito fluiu bem na 470
A volta para casa após um Carnaval quente e ensolarado na praia exige paciência e cautela por parte dos turistas. Certo? Não para os motoristas do Vale.
Lá, o trânsito deixou policiais rodoviários federais admirados ontem. Diferentemente das demais rodovias federais de SC, a rodovia BR-470 não apresentou formação de filas ou congestionamentos, situação bem atípica para um retorno de feriadão.
Em Rio do Sul, o fluxo de veículos ficou acima da média esperada, porém abaixo do previsto para o dia.
Quatro acidentes sem gravidade aconteceram no trecho da rodovia no Alto Vale durante o feriado.
Já no trecho da rodovia em Blumenau foram apenas dois acidentes, também sem gravidade.
Segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF), a expectativa é de que o trânsito seja intenso até o final da manhã de hoje
Tranqueira dentro da cidade
Ontem, o movimento foi intenso também na BR-282, que liga o Oeste e a Serra à Grande Florianópolis. Mas é no perímetro urbano da cidade serrana que a situação se complicou. Na tarde desta terça-feira uma fila de aproximadamente dois quilômetros se formou entre o aeroporto e o cruzamento com a Avenida Luiz de Camões, onde há um semáforo.
O trânsito não chegou a ficar totalmente parado, mas fluiu bem lentamente, já que o trecho é de faixa dupla com ultrapassagens proibidas.
Depois de ficar com a família por dez dias, incluindo o Carnaval, na Praia de Canasvieiras, em Florianópolis, o comerciante Miguel Martinez, de 46 anos, iniciou na tarde de ontem a viagem de volta para casa, na cidade de Rosario, na Argentina. Foi a terceira vez que Miguel visitou o litoral catarinense, e o movimento desta terça-feira na BR-282 não o assustou.
– Já foi assim nas viagens anteriores, mas não tem problema, pois o trânsito faz parte do passeio. Mas é claro que prefiro menos movimento. Queríamos voltar no fim de semana, mas acabou o dinheiro – brincou Miguel, que optou pela BR-282 em vez da BR-101 para evitar grandes congestionamentos e para passear um pouco mais antes do fim das férias.
A recordista em lentidão
O trecho Sul da BR-101 voltou a ficar “entupido” de veículos, ontem, na região de Laguna.
Quem decidiu voltar para o Sul do Estado ou seguir em direção ao Rio Grande do Sul ainda pela manhã na esperança de ter uma viagem tranquila teve como parceiros milhares de outros motoristas que tiveram a mesma ideia. Durante praticamente todo o dia o congestionamento se concentrou nas imediações do viaduto de acesso à Praia do Sol até a ponte sobre o Canal Laranjeiras, em Laguna. Em alguns momentos, motoristas e passageiros desembarcaram dos veículos para aproveitar de alguma forma os cinco ou 10 minutos de trânsito parado.
– Nem a morte escapa do congestionamento na BR-101 – se divertia o estudante de Içara Renan Fernandes, de 16 anos, que usava uma máscara de filme de terror e uma foice de plástico, fantasia utilizada no Carnaval.
Não faltaram os motoristas imprudentes e apressados que ultrapassavam pelo acostamento como forma de se livrar da demorada fila.
Hoje deverá ser ainda pior
Quem passou pela região Norte da BR-101 na tarde de ontem não encontrou dificuldades para voltar para casa. Pelo menos no trecho que liga Barra Velha a Joinville, o movimento era intenso, mas nenhum ponto de parada foi verificado pela Polícia Rodoviária Federal (PRF). A expectativa é de que nesta quarta-feira o fluxo de veículos seja maior.
Mesmo com o movimento, foi possível fazer o trajeto de Barra Velha a Joinville em apenas 40 minutos, em uma velocidade aproximada de 90 quilômetros por hora. Nesta velocidade, em dias normais, é possível fazer o caminho em 30 minutos. As entradas para as praias de Itapoá e Guaratuba também não tinham pontos de paradas e o trânsito fluía com tranquilidade. De acordo com o chefe operacional substituto da PRF da região Norte, Fernando Wasilewski, nenhum acidente grave ocorreu na BR-101 durante a tarde, por isso o trânsito fluiu normalmente.
– Comparando com o movimento nas estradas no início do feriado, podemos dizer que nesta quarta-feira o movimento será muito maior. O horário de pico deve começar às 10h e seguir até o final da tarde – afirmou.
Movimento atípico e fraco
O casal de bancários Eduardo Bordignon, 25 anos e Eloah Bordignon, 23, aproveitou o feriado de Carnaval até o último minuto na Praia da Enseada, em São Francisco do Sul. Sem se preocupar com um possível congestionamento, eles passaram a tarde de ontem jogando futebol e se divertindo na praia. A volta para Curitiba estava programada para as 23h30min. Assim como o casal paranaense, muitos turistas decidiram pegar a estrada na madrugada e manhã de quarta-feira, para evitar o congestionamento comum aos finais de tarde em feriados.
Porém, desta vez, a intuição dos veranistas não foi muito acertada. Por volta das 19h de ontem, o tráfego era tranquilo na BR-280. A viagem da Praia da Enseada até Joinville estava levando cerca de uma hora. Segundo o sargento Adilson Francisco, da Polícia Rodoviária Estadual, o fluxo de veículos não se comparava ao mesmo período do ano passado. Durante os quatro dias de folia foram registrados três acidentes sem vítimas graves.
____________________________________________________________________________ Veículo: Diário Catarinense
Editoria: Cacau Menezes
Assunto: Suicídio entre policiais militares
Apenas estatística
Revelação feita pelo deputado Sargento Amauri Soares, em entrevista a Cacau no Jornal do Almoço. O número de suicídios entre policiais militares está aumentando e já ultrapassou a casa dos 10% aceitos pela Organização Mundial de Saúde. O problema precisa deixar de ser mera estatística e tornar-se alvo de um programa eficiente de recuperação da saúde mental e das condições de vida dos policiais.
Cacau gostaria de lançar, hoje, Quarta-feira de Cinzas, uma campanha estadual: vamos cuidar dos nosso soldados para que eles cuidem de nós. Essa turma tá precisando, para o nosso bem, de mais carinho, respeito e atenção. E dos nossos governantes, melhores salários.
____________________________________________________________________________ Veículo: Diário Catarinense
Editoria: Moacir Pereira
Assunto: Plano de contenção de cheias
Colombo prioriza Vale
O plano de contenção de cheias no Vale do Itajaí é a nova prioridade do governo estadual. Raimundo Colombo decidiu agilizar as medidas visando à execução das obras previstas no projeto Jica. O governador concede entrevista coletiva hoje, às 16h, no Centro Administrativo, para anunciar detalhes dos editais que serão lançados nos próximos dias sobre o plano diretor de prevenção contra enchentes em toda a macrorregião de Blumenau.
Na última viagem a Brasília, quando assinou o plano de ajuste fiscal para aumento da capacidade de endividamento de Santa Catarina, o governador voltou a falar com a presidente Dilma Rousseff, que reiterou apoio do governo federal às obras de contenção. Colombo agendou novo encontro com a presidente dentro de 15 dias, após a viagem de Dilma à Europa.
No último fim de semana, participando da Feijoada do Cacau, o ex-deputado Leodegar Tiscoski, secretário nacional de Saneamento do Ministério das Cidades, anunciou ter recebido ordens expressas do Palácio do Planalto para priorizar, este ano, os projetos sobre prevenção de calamidades em dois estados: Santa Catarina e Minas Gerais. Acrescentou que para Santa Catarina há mais de R$ 300 milhões no orçamento para execução de obras e serviços de proteção do Vale do Itajaí e desassoreamento do Rio Tubarão.
Tiscoski já avisou as autoridades estaduais que tudo vai depender de bons projetos. “Os recursos estão assegurados pelo governo federal e cabe ao governo habilitar-se.” Esclareceu que em relação ao Rio Tubarão, há temor que se repita a tragédia de 1974, causada exatamente pelo assoreamento, que reduz a capacidade de vazão.
O PLANO
Os editais para a elaboração dos projetos do projeto de contenção de cheias serão lançados logo pelo governo estadual. Eles deverão tratar de quatro pontos emergenciais, na primeira etapa do estudo realizado pela agência japonesa Jica:
1. Elevação do nível das barragens de Taió e Ituporanga, para aumentar a capacidade de retenção das águas. Taió pode receber hoje até 83 milhões de metros cúbicos, enquanto Ituporanga atinge 93,5 milhões. Com o aumento da barragem em mais dois metros, as duas juntas elevarão a capacidade em mais 36 milhões de metros cúbicos.
2. Monitoramento eletrônico das calamidades, com instalação de um moderno radar meteorológico na região de Santa Cecília.
3. Construção de comportas em Botuverá visando a uma maior contenção das águas do Rio Itajaí Mirim, protegendo melhor as cidades de Brusque, Itajaí e arredores.
O edital do monitoramento será lançado pela Secretaria da Defesa Civil, que vem coordenando os estudos do programa, enquanto os dois relacionados às barragens e comportas serão coordenados pelo Deinfra, da Secretaria de Infraestrutura.
O governador deverá anunciar, ainda, novas obras de recuperação de pontos críticos de rodovias estaduais e federais situados em toda a bacia.
A região do programa Jica abrange 53 municípios e representa mais de 20% da população catarinense e cerca de 25% do PIB estadual.
O plano será apresentado pelo governador às autoridades e lideranças de Itajaí amanhã, às 15h30min, e de Blumenau, às 18h30min. Idêntico encontro acontecerá na sexta-feira, às 10h, em Rio do Sul.
Aleluia! Pela primeira vez nas últimas três décadas os governos estadual e federal se unem de forma republicana para priorizar um projeto catarinense de grande alcance socioeconômico. Saem da retórica para, com singular agilidade, partir concretamente para a ação
____________________________________________________________________________Veículo: Diário Catarinense
Editoria: Artigos
Assunto: O príncipe e as eleições, por Flávio Rogério Pereira Graff*
O príncipe e as eleições, por Flávio Rogério Pereira Graff*
Ressurge na Assembleia Legislativa do Estado a obstinação de alguns parlamentares: uma proposta de emenda à Constituição para a concessão dos poderes de polícia a bombeiros voluntários. Alguns esclarecimentos ao leitor, bem como reflexões, inferem-se desta intenção.
Em SC, existem três tipos de bombeiros: os militares (que representam o Estado), os comunitários (que são treinados pelos militares e atuam com base na lei do voluntariado) e os voluntários (que são civis que exercem a atividade sem concurso público e de modo remunerado). A Carta Magna de 1988 dita as competências exclusivas dos estados e, dentre elas, estão os corpos de bombeiros militares, que juntamente com as PMs, são os responsáveis pela preservação da ordem pública e da incolumidade das pessoas e do patrimônio. A Constituição diz ainda que compete, privativamente, à União legislar sobre os corpos de bombeiros militares, sendo reservadas aos estados apenas as competências não vedadas pela Constituição.
O exercício da atividade de bombeiros por parte dos militares decorre da investidura em função pública, assim, a sua atuação consubstancia-se no poder de polícia administrativo, exclusivo do ente estatal. Como estamos num ano onde se avizinham eleições municipais, começam as tratativas para a obtenção de votos e muitas vezes o pensamento de que “os fins justificam os meios”, tão bem examinado por Nicolau Maquiavel na sua obra O Príncipe, ganha força por alguns pretendentes diretos ou indiretos a cargos eletivos. Não há, portanto, a menor possibilidade legal da delegação de competência de serviços de bombeiros para entidades privadas, como é o caso dos bombeiros “voluntários”, nem que o mais aventureiro e irresponsável cidadão o pretenda para atender a seus interesses particulares.
*Major BM, vice-presidente da Associação de Oficiais Militares de SC
____________________________________________________________________________ Veículo: Notícias do Dia
Editoria: Segurança
Assunto: Recuperação para adolescentes infratores
Sem chance de recuperação para adolescentes infratores
Estrutura de reeducação ultrapassada não ajuda na reabilitação de menores em Santa Catarina
Superlotado como os demais centros do Estado, centro de atendimento provisório de Itajaí abriga, também, adolescentes infratores de outras regiões e, inclusive, do Paraná
Ao ingressar no sistema socioeducativo de Santa Catarina, destinado a recuperação de adolescentes infratores, os jovens se deparam com uma estrutura completamente degradada e métodos ultrapassados. Sem oficinas profissionalizantes, aulas regulares, atividades físicas e de lazer dentro desses espaços, voltam às ruas sem perspectivas de futuro. O crime, quase sempre, é a saída.
A falta de investimentos e da aplicação da lei de proteção ao menor e ao adolescente culminou no colapso de um sistema que não consegue mais recuperar ninguém. Em 2011, o governador Raimundo Colombo (PSC) criou a SJC (Secretaria de Justiça e Cidadania), que tem como objetivo reestruturar os centros de internação e conseguir reduzir os índices de reincidência.
Atualmente são 29 centros espalhados pelo Estado. Apenas três são administrados diretamente pela SJC, os demais são comandados por ONGs (Organização Não Governamental). Mensalmente , o Estado repassa às entidades R$ 2.500 para cada adolescente internado. O dinheiro enviado aos centros deveria ser usado na recuperação dos jovens, mas o alto índice de reincidência comprova a falta de investimentos.
Segundo o gerente do Departamento de Administração Socioeducativo da SJC, Roborto Lajus, neste ano o Estado deverá implementar uma grande reformulação no sistema de recuperação dos adolescentes infratores. “Será construído o centro da Grande Florianópolis, no local do antigo São Lucas, além de um centro feminino e do centro de internação de Joinville”, informa. Como foi criada em 2011, este é o primeiro ano em que a SJC terá recursos próprios. Até o ano passado, o orçamento do órgão estava vinculado à SSP (Secretaria de Segurança Pública).
Rotina de fugas compromete modelo
O Casep (Centro de Atendimento Socioeducativo Provisório) de Itajaí é apontado como o pior do Estado. Em 2011, foram 175 fugas. Nos primeiros dias deste ano, outras três evasões foram registradas. O prédio conta com salas de aula, de musculação, área de lazer e de esportes, mas nenhuma das áreas é ocupada pelos adolescentes. Na última semana, o local abrigava 18 jovens infratores. Trancados em uma única cela, a única atividade lhes oferecida era assistir televisão. O espaço é chamado pelos administradores de “sala de convivência”.
O centro de Itajaí é administrado pela ONG Opção de Vida, que recebe, em média, R$ 75 mil por mês para reeducação de até 30 adolescentes. Segundo o diretor da unidade, Malto Tadeu de Aguiar, a estrutura é precária. “O estado de Santa Catarina está 20 anos defasado em medidas socioeducativas. Não é possível ajeitar tudo de uma hora para outra”, explica. Malto diz que a ONG tem planos para implantar oficinas e reformar a sala de aula para que os menores tenham mais atividades. Mas não chegou a arriscar uma data para o início das atividades.
A unidade de Itajaí, assim como a maioria no Estado, abriga infratores oriundos de cidades distantes. Há adolescentes, inclusive, do Paraná cumprindo medidas socioeducativas na cidade catarinense, contrariando o ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente), que determina o cumprimento das medidas na comarca onde residem o menor e seus familiares.
Homicidas reincidentes dividem cela com principiantes
De todos os centros em funcionamento no Estado, apenas dois são para internação permanente. Os demais são para internação provisória, onde os adolescentes deveriam ficar apenas 45 dias. “Isso hoje não acontece. Temos casos onde de adolescentes que cumprem medidas por lesão corporal ao lado de acusados de homicídios”, revela o gerente Roberto Lajus.
Em alguns centros, como em Joinville, por falta de delegacia especializada em atender o adolescentes, um dos quartos do Case da cidade é usado como triagem. “É preciso investimentos também na área da Polícia Civil”, adverte Lajus.
Ano passado o Centro São Lucas, em São José, foi demolido depois de ser interditado pela Justiça. O PAI (Plantão de Atendimento Inicial), no bairro da Agronômica, na Capital, também chegou a ser interditado, mas hoje, depois de reforma, abriga 15 adolescentes. Em todo o Estado, diversas unidades têm áreas interditadas pela Justiça.
Em Tubarão, o Casep tem capacidade para 16 adolescentes, mas, por determinação da Justiça, só pode abrigar 12. Mesmo assim, a ONG que administra o centro recebe mensalmente verba para atender 16 jovens. Casos parecidos se repetem em Lages, Chapecó e Joinville.
____________________________________________________________________________ Veículo: Notícias do Dia
Editoria: Hélio Costa
Assunto: Segurança no Carnaval
Segurança no Carnaval foi tranquila, sem ocorrências graves, afirma a PM
Alterações captadas pelas 100 câmeras de vigilância no Centro da Capital, logo eram dominadas pela Polícia Militar. Não ocorreu homicídio.
Carnaval tranquilo
A segurança no Carnaval de Florianópolis ocorreu de acordo com o planejamento da Polícia Militar que montou uma “sala de guerra” no QG, de onde acompanhou em tempo real a movimentação da folia ao alcance das 100 câmeras de vigilância instaladas na Capital. No balanço feito pelo comandante da 1ª Região Militar, coronel João Henrique, não ocorreu homicídio, sequestros relâmpagos, apenas um assalto à residência no Córrego Grande, onde uma família foi amarrada. Alterações flagradas na folia pelas câmeras de vigilância eletrônica, como bate-boca, empurra-empurra logo eram dominadas pela PM. A não ser as brigas comuns de Carnaval, nenhum folião foi ferido à bala ou à faca, pelo menos até a noite de segunda-feira. Neste período, a única ocorrência considerada grave foi o acidente de trânsito envolvendo um PM. O carro de um folião bateu na viatura, provocando fraturas nas costelas do soldado que saia do trabalho
MÍDIAS DO BRASIL
Veículo: Folha Online
Editoria: Geral
Assunto: Para polícia, confusão no Sambódromo de SP foi ‘ação orquestrada’
Para polícia, confusão no Sambódromo de SP foi ‘ação orquestrada’
A polícia diz acreditar que o tumulto que levou à interrupção da apuração das notas dos do Carnaval de São Paulo, na terça-feira (21), foi planejado.
Oito pessoas serão indiciadas sob suspeita de danos ao patrimônio público e supressão de documentos. Entre eles estão Tiago Ciro Tadeu Faria, 29, da Império de Casa Verde –que invadiu a área da apuração e rasgou as notas–, e Cauê Santos Ferreira, 20, da Gaviões da Fiel. Ambos presos ontem e encaminhados na manhã de hoje para o CDP-2 de Pinheiros.
Ontem (21), o delegado Luís Fernando Saab disse que tanto Faria quanto Ferreira disseram em seus depoimentos que havia um acordo entre todas as escolas de samba para que o resultado fosse “melado” –nenhuma escola seria rebaixada. Segundo o delegado, como o acordo não foi anunciado durante a apuração, que caminhava para seu fim, os dois decidiram agir para parar a apuração.
“Para mim, a ação foi orquestra porque no momento do tumulto vários dirigentes das escolas de samba forçavam o portão, quando Tiago entrou e pegou a notas da apuração”, disse o delegado da Divisão de Portos e Aeroportos e Proteção ao Turista, Mauro Marcelo de Lima.
Segundo o delegado Saab, ambos tem status de dirigentes de suas escolas, apesar de não serem dirigentes constituídos. Ontem, Faria estava na mesa dos diretores da Império de Casa Verde.
Outras três pessoas haviam sido detidas por porte de drogas ontem, mas foram liberadas após assinar termos circunstanciados –uma espécie de boletim de ocorrência.
Segundo a polícia, das oito pessoas que serão indiciadas, dois integrantes de escolas de samba já foram identificados e deverão ser convocados para prestar depoimento.
Imagens do tumulto estão auxiliando na investigação da polícia e no trabalho de identificação dos outros quatro integrantes da confusão.
CONFUSÃO
A confusão interrompeu a leitura das últimas notas das escolas de samba do Carnaval de São Paulo, no Anhembi (zona norte), na tarde desta terça-feira (21). Tudo começou quando um integrante de escola de samba invadiu a área onde as notas eram lidas, agrediu o locutor com um chute, pegou e rasgou os envelopes com as notas. A confusão se espalhou, e a apuração terminou em vandalismo.
Após o tumulto dentro do Anhembi, onde ocorria a apuração, torcedores invadiram parte da pista da marginal Tietê. Um carro alegórico foi queimado na dispersão do sambódromo, onde estavam as alegorias usadas nos desfiles.
Policiais militares que estavam no local tentaram proteger os locutores e jurados, mas a confusão foi generalizada. Integrantes de outras escolas também invadiram a área.
Depois, torcedores da Gaviões da Fiel invadiram a marginal Tietê, chutaram placas da cerca de proteção do pátio enquanto seguiam em direção à quadra da escola.
TROCA
A apuração já havia começado com clima tenso, após um atraso de mais de 20 minutos. Representantes de cada escola foram convocados para uma reunião à portas fechadas, que tratou de uma troca de jurados.
Segundo a Liga Independente das Escolas de Samba, jurados dos quesitos samba-enredo e mestre-sala e porta-bandeira foram substituídos por suplentes na quinta-feira (16), um dia antes do início dos desfiles do Grupo Especial. Um dos jurados disse que não podia participar porque seria jurado no Rio, e o outro alegou motivos “emocionais”. Segundo a Liga, a troca foi informada por e-mail.
O presidente da Vai-Vai, Darly Silva, o Neguitão, reclamou da troca dos jurados e disse que isso deixou as escolas indignadas. “Nós não vamos aceitar isso. Estão roubando escolas, beneficiando essa daí [Mocidade], que só tira 10”, disse.
No momento da interrupção, a Mocidade Alegre liderava a apuração e era a única com notas 10 em todos os quesitos avaliados. Faltavam ser lidas as duas últimas notas do último quesito.
Instantes antes da confusão, Neguitão começou a protestar contra a apuração, e integrantes da Camisa Verde e Branco se juntaram a ele, rompendo a barreira de segurança da área onde eram lidas as notas. Integrantes da Vai-Vai ameaçaram agredir fotógrafos que faziam imagens de Neguitão.
O diretor-executivo da escola, Américo Calandriello Júnior, disse que Neguitão ficou revoltado, mas não incitou agressões. “Ele é uma pessoa muito tranquila, e comanda uma comunidade enorme em torno da escola. Ele jamais agrediria ninguém.”
Josélia Alves, da diretoria da Camisa, gritou pouco depois da interrupção: “Acabou o Carnaval de São Paulo. Não vai haver mais apuração. Não admitimos que as escolas sejam roubadas.” Após ser divulgado o resultado do Carnaval, Alves disse que entraria na Justiça para anular a apuração.
BLOGS
Paulo Alceu
Contestação
Outra nota, que tratou de um tema polêmico, provocou a reação do leitor Renato Kadletz. Ele considerou equivocada a posição do Corpo de Bombeiros Militar. Onde o comandante José Luiz Masnik declarou que “a fiscalização de projetos de obras e vistorias é serviço público próprio do Estado e não pode ser delegado a entidades de direito privado.” Contestava o projeto que tramita na AL repassando para os bombeiros comunitários o direito de fiscalização. Para Kadletz fiscalização de projetos de obras e vistorias é serviço público próprio de competência do Município e não do Estado. E o município pode executar a tarefa pelos seus engenheiros ou delegar. Essa fiscalização de obras, licenciamentos, vistorias e alvarás é matéria que deveria ser feita por engenheiros devidamente registrados no CREA, sejam de quadro próprio efetivo, terceirizados ou delegadas a uma ou outra instituição, não é monopólio da CBM através de soldados, cabos e sargentos, pena de invasão de competência constitucionalmente conferida ao Município em relação a esses atos e exercício ilegal de profissão por pessoas inabilitados para tal. E ninguém discute conflito de competência. Com certeza esse tema vai provocar muito debate na Assembléia colocando em pauta inclusive investimentos para o reaparelhamento do Corpo de Bombeiros. O que não pode é atender interesses localizados em detrimento do cidadão.